Duas regiões. Conflitos.
Ao dia 10 de março, tibetanos entraram em conflito contra a guarda da República popular da China por um motivo nobre e digno de defesa. O Tibet quer autonômia diante do governo de Beijing (Pequim) e nada mais justo do que tentar essa façanha agora, que estamos as vésperas dos jogos olimpicos que a China organizará em seu território. É notório que essa dor de cabeça não fazia parte do plano que o governo chinês precisa administrar na proximidade do evento, mas é um fato presente e quanto a isso creio que eles teram que incluir o problema em sua pauta de discussão por um bom tempo. Certo também que a truculência chinesa não permitirá que o desejo de autonomia tibetana se realize, por mais que o Dalai Lama, líder político e religioso do Tibet queira negociar e pense até em renunciar ao posto. Creio que a negociação não será possível, mas temos que torcer para que tudo termine bem. Boicote aos jogos? Celebridades envolvidas na causa? Sim, teremos, mas nenhum país quer comprar uma briga escancarada com os chineses, econômia que tem relações comerciais com maior parte do mundo nesses tempos de globalização. Vale lembrar que o Tibet não quer separação da China, mas sim autonômia já que possuí língua, cultura e religião diferente do governo central. Coisa que a sede não parece disposta a dar.
Por outro lado temos a situação do Kosovo, nos Balcãs, palco de mais um conflito que promete se arrastar ainda por um bom tempo. A Sérvia não aceita a separação do Kosovo por motivos históricos, tendo o país passado por várias repartições desde que era uma parte do império Turco-otomano, vindo posteriormente a ser integrado como Iugoslávia, separado como Sérvia e Montenegro, e finalmente Sérvia, a confusão não deve parar por agora. O Kosovo (região agora autônoma) que foi administrado pela ONU após vários conflitos é de maioria de população Albanesa. Os Sérvios estão tendo de abandonar as suas casas na região e isso vem causando revoltas e mal estar na população que ali ainda tem raízes históricas, com cultura e hábitos à serem preservados, situação parecida com os palestinos que tiveram que deixar Israel. Os Sérvios se sentem perseguidos pela comunidade internacional. Sinal de mais um conflito sem hora marcada pra acabar.
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