quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Medalhas? Geopolítica?


Um professor meu na faculdade não gostava do termo geopolítica.

Porquê a China quer ser líder do quadro de medalhas? Porquê isso tem tanto valor, a ponto de seus atletas e treinadores serem massacrados a e perderem o espírito olímpico, chegando a fazer declarações que "ou ganham o ouro, ou nada ganharam"? E como quando somos crianças que dizemos assim:"Olha, nós somos melhores que vocês!"

Vimos isso com os anos de guerra fria. Soviéticos e americanos lutando para ver quem seria o melhor no quadro geral. Com o fim da URSS, os Estados Unidos passaram a viver na crista da onda, mas agora a China o desbanca e comemora triunfante. Medalhas de tiro, lutas por categorias, purrinha, dardo, baralho, tudo vale. Esportes que você nunca ouviu falar, mas que valem como número, são muito comemorados.

Bonito e olímpico foi ver os jamaicanos alegres, ganhadores das provas de pista que até então eram dominadas pelos americanos. Isso foi espirituoso, sofisticado, sincero.

O Brasil que muito lutou, pouco ganhou, mas que foi olímpico.

A sensação de que ganhar medalhas é estar na crista da onda pode ter feito bem aos chineses. Eles até aprenderam "como torcer".

E o Galvão Bueno afirmando que eles estavam torcendo para o Brasil na final do futebol feminino!
Na verdade, eles estavam era torcendo contra as americanas, pela bendita medalha. Pelo bendito ouro e liderança no quadro de medalhas.
Isso pra minha pessoa não é espírito olímpico.
E não esqueçamos do Tibet, da poluição, falta de liberdade, destruição do meio ambiente.
Mas, viva as medalhas! E os lucros com as imagens dos atletas! E a riqueza de investimentos que isso trará!
Pobreza de espírito!

É possível fugir? Reflexão.


Com tanta tecnologia será possível viver fora do alcance?

É possível fugir das vistas do Estado? Ficar impune à visão? A função do Estado é vigiar e punir? Existe a probabilidade dele não estar aqui para tal finalidade? E punir a quem? Ao pobre? Claro!
A guerra do crime contra a polícia vai existir até quando? Quando vamos perceber que essa guerra é útil a alguns e que as classes altas e médias bancam financeiramente falando essa batalha financiada por anos e anos. Se a lei se fizer cumprir no morro, terá de se fazer valer no asfalto. Será que a sociedade está preparada para isso? Será que a sociedade quer isso?
Quando será que a percepção do mundo se fará valer?
Micro ou macrorelação de poder?
É o Estado quem molda as instituições perversas? Nós desistimos de fazer política? O Estado é financiado e eleito por nós! Então a culpa é nossa? Sempre será?
Porquê culpar a polícia? A ponta do iceberg e que por estar frente a frente com o campo de batalha se tornou o alvo dos mais desavisados?
Porquê os cargos políticos? Problema do Brasil? Cargos apadrinhados que levam o "seu" como prêmio por lealdade, coisas escondidas, ajudas cobradas, favores cobrados.
Cultura "burra" e "perversa" que também tem culpa nessa conta que não fecha.
Aí culpamos os bandidos. Os excluídos naturalmente e que vem ao longo dos tempos formando o poder paralelo para competir com as corporações e o Estado. Compete na geração de emprego, mas cobra caro com a vida dos nossos garotos.
Pessoas antiquadas e intolerantes, truculentas, ensinando "como fazer". A quem? Quem aprende? Como ensina?
Até quando voto será obrigação? Até quando pessoas que não querem nem saber em quem votam continuaram perdendo seus feriados eleitorais para poder votar se elas não querem? Aí votam por favores, trocados, materias, esmolas. Perpetuam a ignorância e atrapalham os que realmente votam e querem votar.
Aí qualquer um se sente capaz de ser "político".
E qualquer um é "político" eleito pelo povo sem vontade.
E disso se aproveitam.
Quantas mães de fogueteiros ainda chorarão?
Quantas vezes mais?
Quantos embalos ainda acontecerão paraque os falsos profétas façam as suas reflexões e vejam que eles mesmo armam o problema em que vivem, criam o problema próximos dos seus quintais gradeados e falsamente seguros.
Ainda irão pra faculdade pra fazer papel de moço, ler Marx, profetizar saídas e fumarem maconha? Voltando então depois de tanto estudo a alimentar a "roda"?
E o sistema?
E o malandro?
E os nossos filhos cara?!
E a avenida Brasil?
E a Vila Cruzeiro?
E a Vila da Penha?
E quem vai para o saco?
E o Neto? E o Matias?
Quantos ainda morrerão?
Mataremos mais do que no Iraque a cada dia? Nas estradas, nos morros, nos assaltos, na polícia, na política?
Estratégia
Estatística
Estado
.
.
.
A inteligência tem que prevalecer.

ENEM


Etanol e a economia da China são as minhas apostas!

Dia 31 é dia de ENEM (Exame nacional do ensino médio). E para quem vai tentar esse ano aconselho ler principalmente sobre os biocombustíveis(biofuels), e em particular o caso do etanol brasileiro. Ele que começou a ser pesquisado na década de 70 do século passado e que hoje com o problema do aquecimento global voltou a ser a estrela principal da propaganda do governo federal. O nosso etanol é competitivo, mais barato e devido aos vários anos já acumulados de pesquisa hoje somos autoridade máxima na sua produção. Mais sobre o assunto ver aqui mesmo no blog em tópicos anteriores. A China também deve ser um tópico bastante citado. Boa prova a todos!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Olimpíadas.


Fotógrafos cercam o jamaicano Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo.

Mudou a dinâmica aqui em casa essa olimpíada. Tem coisas que passam pela manhã, coisas na madrugada. Tento ver tudo mas não dá! Mas tem sido compensador ver o pessoal nas competições. Tá certo que fiquei acordado e/ou acordei cedo pra ver a ginástica e infelizmente não veio medalha, mas isso é questão de tempo.
O Cesár Cielo foi um momento importante. Apesar de tudo o que acontece no Brasil, a hora que o hino toca, pelo menos aqui em casa nós aumentamos o volume da televisão até o máximo e choramos juntos. Cara, é muito bom ouvir aquilo! É assim no futebol, é assim no vôlei. Tocou a melodia, geral se comoveu!
Ví Usain Bolt. o moleque jamaicano que parecia brincar na pista correndo simplismente a prova que faz das olimpíadas olimpíadas. Ele tam a alegria que costumavamos ter quando éramos crianças, jogando bola, fazendo aquele gol humilhante para o adversário. Não é aquela postura marrenta, de Carl Lewis, Ben Johnson, Asafa Powell, nada disso. É um moleque na pista. É a alegria de viver. Claro, que devido ao seu tempo de incríveis 9,69, ele se tornará uma celebridade durante muito tempo, e isso pode mudar. Mas tomara que não!

E os chineses sumiram com a vara da Fabiana Murer! Acabaram com a prova que a menina treina para realizar a quatro anos!

Geórgia e Rússia


Só ela para eliminar o problema da região do Caucáso!

Um fator histórico que ficou durante muito tempo sufocado e eclodiu coincidentemente no primeiro dia dos jogos olímpicos de Pequim. A Geórgia atacou a Ossétia do Sul, uma região que embora esteja anexada ao território georgeano, tem um população que não se considera parte da mesma. É que após o fim da União Soviética em 1991, a maioria dos ossetianos teve a oportunidade de tornarem-se cidadãos com passaporte russo, e isso incomodava extremamente o governo de Tbilisse. Atacando a Ossétia, a resposta do governo de Moscou foi imediata e sangrenta. Mais de dois mil civis foram mortos durante os confrontos, e as tropas russas ocuparam a região. Posteriormente ocuparam a Abcásia, outra província do Cáucaso (região contida entre os mares Negro e Cáspio) que teoricamente também está ligada a Geórgia. A região é muito importante do ponto de vista econômico, visto que nela passa o gasoduto que liga a região produtora na Ásia ao mercado consumidor na Europa.
O presidente georgiano Mikkail Saakashvilli, qur foi educado nos EUA solicitou a ajuda do ocidente para evitar um maior massacre russo ao seu exército. Chegou a provocar os camaradas dizendo que o exército americano assumiria o controle das operações em seu país. Mas a provocação é antiga. A Geórgia já tentou, sem sucesso, fazer parte da OTAN (a negociação fracassou porque os governos ocidentais sabiam que mais dia, menos dia, essa situação seria aproveitada pelo país para um desafio ao pessoal do Kremilin).
Aos russos que aos poucos tentam retomar o status de potência mundial, foi uma ótima oportunidade de rearmar seu exército de forma justificada. Uma vez que os habitantes (cerca de 70 000) da Ossétia possuam passaportes russos, eles são russos! E cabe a Rússia a sua proteção. Os gastos militares irão aumentar gradativamente, uma vez que outras regiões estão sob a mesma condição da Abcásia e da Ossétia do Sul, com maioria de cidadãos com passaporte russo em território de outra nação. Apesar de não ser mais o presidente, o camarada Vladmir Putin continuará a ofensiva e o início de uma nova “guerra fria” não pode ser descartado, já que as relações russas com o ocidente ficaram complicadas após o ocorrido, e os homens que faziam parte da KGB ( a CIA dos Estados Unidos) estão entusiasmados em voltar a ativa oficialmente. No país em que jornalistas precisam fugir para escreverem seus artigos questionando o governo e mesmo assim correm risco de morte, a população e principalmente os mais ricos, que ficaram milionários durante o governo de Putin, o apóiam incondicionalmente.
Resta ao mundo esquecer que a Rússia não é só problema ao ver a Yelena Isinbayeva. A bela que é uma fera no atletismo é o nosso único consolo daquela terra que promete nos levar a mais um período de mundo bipolar. Quem dera os seus records mundiais valessem para alegrar e distrair o povo do frio, assim como sua beleza e simpatia nos extasiam!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aula 11- Dinâmica do clima e domínios naturais do mundo e do Brasil.

O planeta
A Terra apresenta a forma de um geóide e recebe apenas 1 bilhonésimo da energia emitida pelo Sol, que mesmo assim é a principal fonte energética da mesma.
A energia é responsável pela existência da maior parte dos recursos naturais e como a distribuição da mesma é diferente sobre a superfície a distribuição dos recursos se torna também desigual.

A insolação varia conforme a Latitude. Os movimentos da Terra no espaço também afetam neste fenômeno.
Movimentos terrestres- Rotação e Translação.
Rotação responsável pelos dias e noites no sentido de oeste para leste.
Translação dando origem as estações do ano.
Para contagem das horas usamos os MERIDIANOS, cujo central adotado foi Greenwich(ING)
DATA LINE -180°

Solstícios e Equinócios
Solstício é típico do verão e dita que o hemisfério por ele apropriado esta recebendo maior incidência solar naquele momento. Em contrapartida o Hemisfério que passa pelo inverno recebe menor insolação.
Equinócio ocorre no outono e na primavera com a igual distribuição solar entre os dois hemisférios.


Zonas térmicas
A Zona Intertropical(23°27’ de N á S) apresenta as maiores médias térmicas do planeta. Sendo mais elevadas nas proximidades do Equador.
As Zonas Glaciais são o extremo oposto a essa situação(entre 66°33’ e 90°).
Entre elas a Zona Temperada é o meio termo.

Zonas Térmicas do planeta.
Circulação atmosférica.
A energia do Sol é a maior responsável pela circulação atmosférica e sua dinâmica. No Equador com o maior aquecimento o ar se torna mais leve, se dilata e sobe, espalhando-se tanto para norte quanto para sul. Esse movimento do ar caracteriza uma ZONA DE BAIXA PRESSÃO ATMOSFÉRICA, que atraí o ar proviniente dos trópicos.

Esses ventos são conhecidos como ALÍSIOS resultantes da diferenciação de pressão atmosférica. São inclinados para oeste tendo direção NE-SO no HN e SE-NO no HS.
O ar que saí do Equador sobe e fica mais frio e denso a medida que se eleva. Na altura dos trópicos ele desce e forma os Contra-Alísios
Alísios e Contra-Alísios formam a Célula de Hadley. Alísios dominam as baixas latitudes e os Contra dominam as altas.

Observações
Na altura do paralelo 60° existe uma BAIXA PRESSÃO.
Chuvas de convecção é o processo de subida e resfriamento do ar úmido o ano inteiro nas regiões de baixa pressão próximas ao Equador.
O oposto ocorre nas regiões tropicais(descida do ar seco), o que explica a ocorrência da maioria dos desertos nesta faixa planetária.
Ventos de oeste ou ocidentais se formam nos trópicos e se movimentam em direção as Áreas Temperadas.

Ao encontrar o ar frio dos pólos é produzida a frente polar. Ela se desloca de acordo com a época do ano e é empurrada em direção ao Equador no verão e em direção aos pólos no inverno.

Outros fatores que influênciam a temperatura além da latitude.
Altitude(quanto maior mais rarefeito o ar,menos calor recebido)
Proximidade do Oceano(Maritimidade e Continentabilidade)-Explicando por que no HN os invernos são mais rigorososos.
Correntes marinhas (Frias trazem aridez e vida marinha- quentes trazem maior pluviosidade e maior temperatura)

Zonas climáticas e Climas do Brasil.
A dinâmica climática da terra é resultante da formação e do deslocamento das massas de ar que assim formam os diversos tempos atmosféricos.
A repetição destes tempos permite-nos identificar os grandes tipos climáticos do planeta.
Principais tipos climáticos:
Equatorial
Tropical
Subtropical
Desértico
Semi-árido
Mediterrâneo
Temperado
Frio
Frio de alta montanha
Polar



TIPOS CLIMÁTICOS
1 - Equatorial - possui, em geral, as maiores médias térmicas anuais do Planeta, devido a intensidade de insolação que as baixas latitudes recebem. Apresenta uma pequena amplitude térmica diária e anual. Caracteriza-se por intensas precipitações de chuvas e ausência de estação seca. A grande quantidade de chuva resulta do mecanismo da convenção do9s ventos alísios de ambos os hemisférios que ascendem na Zona de Baixa Equatorial. São as chuvas convectivas.
2 - Tropical - emoldura o equatorial, no hemisfério Sul, diferenciando-se deste pela alternância entre uma estação chuvosa e outra seca. As chuvas concentram-se no verão. Já no hemisfério Norte, os meses chuvosos são os do meio do ano.
3 - Desértico - Nas latitudes tropicais caracteriza-se pela carência de chuvas: menos de 250 mm/ano. Nas áreas mais secas a precipitação pode chegar a 10 min/ano. O mecanismo da descida dos ventos contra-alísios nas zonas de alta pressão tropicais determina as fracas precipitações. Os ventos sopram das áreas de anticiclonais para as ciclonais. Então o vento frio e seco que se encontra com o alísio que retorna, depois de perder calor, tornando-se totais pesado. Agora, as correntes marítimas frias, tem participação expressiva na formação de desertos, tais como: Atacama - pela corrente de Humboldt, na costa chilena e peruana, e da Namíbia- pela corrente de Benguela, no sudoeste africano. A corrente das Canárias exerce influência secundária no Saara Ocidental . As amplitudes térmicas de verão são mais elevadas que as de inverno. Mas a perda de calor à noite, transformam-se em grandes amplitudes térmicas diárias.
4 - Temperado - distingui-se pelos contrastes sazonais de temperatura. As massas de ar originadas nas latitudes tropicais - controlam as médias de verão; as massas de ar de altas latitudes - controlam as médias de inverno. Apresentam amplitudes térmicas maiores que os climas da zona Intertropical. Os efeitos da maritimidade e da continentalidade atenuam ou acentuam as amplitudes térmicas. Maritimidade- temperados oceânicos, típicos da fachada Atlântica da Europa, são úmidos com inverno ameno. Confnentalidade- temperado continental, caracteriza­se por invernos frios e elevadas temperaturas térmicas. Ocorrem na Europa Central e Oriental e porções Leste e Central dos Estados Unidos. Nesse caso a amplitude térmica anual é maior.
5 - Mediterrâneo - é uma variante do clima temperado, caracteriza-se por verões quentes e secos, e invernos amenos e e chuvosos. Aparece na Europa Meridional onde os verões sofrem a influencia das massas de ar quentes do Saara. Aparece em pequenas áreas do Norte e Sul da África, porção meridional da Austrália, parte do litoral da Califórnia (EUA) e costado Chile.
6 - Subtropical - ocorre em áreas de transição entre os climas das zonas Temperada e Intertropical. Aparece na Bacia Platina, na América do Sul, no Sudoeste dos Estados Unidos e da China. Quanto a temperatura, se assemelha ao tipo mediterrâneo, com verões quentes e invernos amenos. Porém, as chuvas são bem distribuídas o ano inteiro, não havendo estação seca. Fato explicado pela ação de massas de ar tropicais oceânicas e das chuvas frontais provocadas pelos avanços da frente polar.
7 - Semi-árido - das latitudes temperadas- distingui-se pelas baixas precipitações entre 250 e 500 mm/ano. Domina as Interiores da Ásia, América do Norte e América do Sul, isoladas da ação de massas de ar oceânicas pela presença das elevadas altitudes. (no caso brasileiro a altitude não é tão elevada, podemos citar o Planalto da Borborema). Apresenta elevadas amplitudes térmicas anuais e invernos rigorosos (exceção feita ao Brasil). Nas latitudes tropicais da África e da Austrália, orlas semi-áridas, formam um anel em torno dos desertos. Nas áreas tropicais do semi-árido ocorrem verões quentes e pequenas amplitudes térmicas (caso brasileiro).
8 - Frio - aparece na faixa limítrofe da Zona Temperada, na América do Norte e na Eurásia. Devido a baixa evaporação, as precipitações são reduzidas. Já as amplitudes térmicas são elevadas, devido ás diferenças sazonais na intensidade da insolação.
9 - Polar - ocorre nas altas latitudes - hemisfério Norte nas fraldas árticas do Norte, Groelândia e Eurásia. No hemisfério Sul, em toda Antártida. Os invernos gelados resultam da ausência de insolação das "noites polares".
10 - Frio de Montanha - apresentam médias térmicas muito baixas devido a altitude. As amplitudes térmicas não ultrapassam 0°C, menores que aquelas registradas no frio polar. Já as precipitações são maiores porque as cordilheiras recebem constantes precipitações de neve, provocadas pela atuação de massas de ar úmidas.


Na Índia e em toda Ásia Meridional o clima tropical advém de um movimento atmosférico muito diferente dos demais do planeta. O deslocamento estacional dos centros de alta pressão do continente para o oceano devido as diferenças termais são denominados MONÇÕES.

O clima Equatorial é o clima quente e com grande quantidade de chuva durante o ano- em torno de 2000mm. Não existe estação seca.
O Tropical apresenta alternância entre seca e chuva(estas no verão).
Clima desértico ou semi-desértico caracterizam-se por ausência de chuvas -entre 10 e 500mm/ano
Zonas Temperadas apresentam vários tipos de clima. É distinguido pelo contraste sazonal da temperatura. AT maiores que as da zona Intertropical.
No Mediterrâneo existem verões quentes e secos.
Climas frios aparecem nas altas latitudes. O Polar e o Frio têm as maiores amplitudes e as menores médias térmicas do planeta.

Vale lembrar que nas grandes elevações aparece o clima Frio de montanha que está condicionado não a latitude em que se encontram, mas sim a altitude dos mesmos.
Dinâmica do clima no Brasil.

Duas regiões como fontes de massa de ar: a Amazônica que forma a massa Equatorial continental (mEc), quente e úmida, e a planície do Chaco, centro de origem da massa Tropical continental (mTc), quente e seca.
As demais massas são de origem no oceano. São importantes para o Brasil a massa Equatorial atlântica(mEa), quente e úmida, atuante no litoral amazônico e no meio Norte; a massa Tropical atlântica (mTa), também quente e úmida que influência o clima da costa oriental do País e tem poder para invadir o interior do mesmo; e a massa Polar atlântica, fria e úmida que pode no inverno chegar até a amazônia sendo este fenômeno conhecido como “Friagem”. Atua principalmente no Sul e Sudeste e é formada na latitude da Patagônia.
Os cinco tipos climáticos Brasileiros:
Equatorial Úmido- Dominado pela mEc, quente e chuvoso, pequena AT. Chuvas convectivas(ascende e condensa), >2000mm/ano.
Litoral úmido- mTa, quente chuvoso, de 1500 à 2000mm/ano. Nos verões a massa avança sobre as regiões costeiras. Seu encontro com as escarpas planálticas (Borborema, Diamantina, Mantiqueira, Serra do mar) e que provoca Chuvas OROGRÁFICAS ou de relevo. No inverno quando a mPa chega até o NE o encontro com a mTa e formam as chuvas frontais.

Tropical- Invernos secos e verões chuvosos,+/-1500mm/ano. Verão dominado pela mEc e mTa. O calor do continente aquece as bases de ar provocam a ascensão –instabilidade e a ocorrência de pancadas de chuva. No inverno a mEc recua, a mPa avança e ocorrem as frentes frias.
Tropical semi-árido – Sertão NE. Dispersa as massas de ar, <750mm/ano irregulares.


Subtropical Úmido- mTa sujeito as penetrações constantes da mPa, principalmente no inverno. Maiores AT entre os climas brasileiros, verões quentes e invernos frios. 1500mm/ano sem estação seca. A mTa provoca chuvas no verão devido ao aquecimento do continente. O encontro mTaXmPa provoca as chuvas frontais e após as chuvas a mPa estaciona e causa as ondas de frio.

Aula 10- Grandes paisagens

Domínios morfoclimáticos.
Interação de todos os elementos naturais – Relevo, clima, vegetação.
A vegetação é o elemento síntese dos Domínios, pois pequenas mudanças nos outros elementos causam mudanças bruscas nas formações vegetais.
Variedade paisagística
De acordo com o tipo de cobertura vegetal predominante podem ser divididos em:
1-Domínios florestados;
2-Domínios das formações herbáceas e arbustivas e
3-Domínios deserticos.
Obs:Existem também as faixas de transição, mesclados.
Domínios das Florestas de Coníferas ou Boreais(Taiga)
Circunda o globo ,planícies e terras baixas –Eurásia e América do Norte.
Inverno longo e rigoroso-Verão curto
Homogênea- pouco densa.
Coníferas, árvores de tronco reto.
Matéria prima para construção papel e celulose.
Domínios das Florestas Temperadas
Planaltos e planícies situados em latitudes um pouco menores-maior número de espécies vegetais
Se em influência do mar floresta sempre verde(no Mediterrâneo arbustos adaptados-vegetação Mediterrânea)
América do norte e Europa
Domínios das Florestas Equatoriais e Tropicais
Planaltos e planícies de baixa latitude
Clima quente e úmido
Diversidade grande de espécies
Cobertura densa
Grande concentração de indivíduos por unidade de área-Formação vegetal máxima na Terra
Domínios da Tundra(herbácio- arbustivo)
Altas latitudes do Pólo Norte
Na Sibéria são 3 milhões de km²
Líquens e Musgos, capins em poucas épocas do ano-nas outras é gelo.
Permafrost- limite entre a Tundra e a Taiga- camada de gelo abaixo da superfície.
Brejo no degelo
Domínios das Estepes e das Pradarias
Gramíneas e algumas manchas arbustívas
Na África as Estepes na borda dos desertos- adaptação ao semi- árido
Em maior pluviosidade- latitudes Subtropicais e temperadas aparecem as Pradarias- vastos campos limpos
Solos de Pradarias são ricos em matéria orgânica- cultivos cereais
Domínios das Savanas
Área tropical com extensa estação seca- São capins e herbáceas intercaladas por arbóreas
Solo pobre, verão com chuva abundante que “lavam” o solo
Alta evaporação- acumulo de Fe e Al responsáveis pela acidez dos solos
Observações
Transumância- Estepes e pradarias
Desertos- vegetação rala e descontínua-a não ser em Dunas
Saara e Atacama nos seus centros praticamente não recebem chuva.
Vegetação de altitude estão espalhadas por todo planeta cortando os domínios.

Domínios morfoclimáticos do Brasil
São seis os principais tipos de Domínios paisagístico brasileiros; três de áreas originalmente florestadas e os demais de áreas com predomínio de espécies herbáceas e arbustivas.
O Pantanal do Mato Grosso é uma região de transição entre os Domínos
1-Domínio Amazônico
Mais de 2,5 mi de km²
Floresta amazônica como paisagem
Heterogênea e latifoliada(largas e verdes)
Várzeas e Igapós 10% do sistema
Biodiversidade elevada
Solo pobre
Entre o Amazônico e a Caatinga existe a MATA de COCAIS

2- Mares de Morros
Mata atlântica- Densa e heterogênea originalmente- hoje com 4% da cobertura original preservada
Verão chuvoso elevada pluviosidade
Cana e Café contibuíram muito para a devastação da mata.
Relevos suaves devido a ação dos agentes do modelado sobre a estrutura geológica
3- Planaltos de Araucárias
Planaltos sedimentares-BASÁLTICOS da porção oriental da bacia do Rio Paraná em altitudes de 850 a 1300m
Originalmente era uma floresta semi homogênea chamada de Mata de Araucárias e por manchas herbáceas-arbustivas
Hoje existem apenas 20% da formação original
4- Cerrado(herbáceos- arbustivas)
Chapadas e Chapadões do Brasil central
Verão chuvoso e inverno seco
Chuvas de verão “lavam” o solo e retiram os nutrientes
No inverno ocorre o acumulo de Fe e Al como na Savana
Dois extratos- um arbório-arbustivo de caráter lenhoso e outro herbáceo-subarbustivo com gramíneas e ervas
5- Caatinga
Colinas de vertente suave e fraca decomposição química das rochas
Solos pouco profundos , terrenos pedregosos e afloramentos rochosos
A Caatinga é adaptada ao calor e à aridez. Folhas pequenas e espinhos
Em maior altitude que recebem chuvas de relevo existem algumas matas úmidas que são chamadas de Brejos.
Rios intermitentes e sazonais
Rios autóctones- secos de 5 a 7 meses do ano.
6- Pradarias
Campanha Gaúcha- relevo suavemente ondulado-coxilhas
Topos com vegetação em tapetes ralos e pobre em espécies e encostas com vegetação mais densa e diversificada
Criação de gado- queimadas empobrecem o solo
Observações
Galhos retorcidos, cascas grossas, raízes profundas- Características da vegetação do Cerrado

Aula 9- População

Fatores de influência
O clima e a econômia são os fatores que influenciam a concentração/distribuição da população. O Bangladesh tem 998 habitantes por KM² e em 2050 seremos mais de 9 bilhões em todo o mundo.
O sustento.
O número de habitantes do planeta já superou 6 bilhões de habitantes. Esse número tem aumentado espetacularmente após a segunda guerra mundial. Esse crescimento é visto com preocupação, pois o envelhecimento da população e a diminuição da taxa de natalidade podem sobrecarregar os sistemas previdenciários de todo o mundo.
Os países mais habitados(milhões de habitantes):
China-1.294,8
Índia-1.049,5
EUA- 291,0
Indonésia- 217,1
BRASIL-176,2
Paquistão-149,9

Rússia- 144,0
Bangladesh-143,8
Japão-127,40


Necessariamente os países mais habitados não são os mais populosos.
Países mais populosos(habitantes/km²):
Bangladesh-998,7
Japão-337,4
Índia-319,3
Filipinas-261,9
Reino Unido-243,2
Vietnã-241,1
...
BRASIL-20,6


Outros indicadores:
Expectativa de vida
Mortalidade infantil
Natalidade


Índice de desenvolvimento humano
O IDH foi elaborado pela ONU para comparar a qualidade de vida entre os diferentes lugares. Ele leva em consideração 3 fatores sendo eles o PIB per capita, educação e perspectiva de vida. O Índice varia de 0 á 1. Quanto mais alto é o valor melhor se é o lugar para viver.
Os países que ocupam os primeiros lugares no ranking IDH são sempre os países escandinavos, europeus ocidentais, anglo-saxões, Austrália e Japão.
Ranking IDH ano base 2002.
Noruega
Suécia
Austrália
Canadá
Holanda
Bélgica
Islândia
EUA
Japão
Irlanda

...
72°- Brasil
...174°-Mali
175°-Burkina Fasso
176°- Niger
177°- Serra Leoa


População urbana
Está em constante crescimento tanto em número de centros urbanos quanto em densidade e tamanho. Sua expansão sem controle em países pobres gera diversos problemas como a falta de segurança urbana, falta de saneamento básico e formação de bolsões de miséria pelas periferias.

As maiores cidades- em milhões de habitantes-2002.

O crescimento na história.
Foi moderada até o século XVIII
Em alguns períodos até esta época o crescimento foi até negativo.
A partir de 1750- Aumento exponencial.
1798- Thomas Malthus- crescimento da população não acompanharia a produção de alimentos.
Desde 1960- crescimento médio de 1,8%.
População mundial- Bilhões de habitantes.

Migrações
Seja por necessidade ou por busca de melhores condições de vida para o ser humano, as migrações sempre ocorreram ao longo dos tempos. Antigamente seriam por causas naturais, mas atualmente elas ocorrem muito mais por questões sócio-econômicas. Seus efeitos, complexos. Uma de suas riquezas é a miscigenação racial e cultural.

Pirâmides populacionais.
Indicam aspectos da população como a divisão por sexo(masc/fem), taxa de nascimentos, envelhecimento e expectativa de vida.
Podem indicar também questões como guerras, migrações, etc.

População no Brasil:
Fraca densidade na Amazônia, no cerrado, Pantanal, na campanha gaúcha e no sertão. A primeira pelo extrativismo; as demais pela pecuária extensiva e/ou pelas lavouras de monocultura extremamente mecânizada.

População no Brasil:
Grande concentração- Metrópolis.
Belém, Recife, Fortaleza, Salvador, BH, Curitiba e Porto Alegre.
São Paulo e Rio de Janeiro- Metrópolis Nacionais.

Números da população do Brasil:
183.257.000 hab.
Densidade de 20,6 hab/km²
Superfície de 8.514.879 km²
Capital- Brasília- 3.250.000 hab.
São Paulo- 19.900.000hab
Rio de Janeiro- 12.050.000
Belo Horizonte- 5.200.00

Evolução da população no Brasil(milhões de habitantes):

Durante muito tempo o elevado crescimento populacional foi apontado como característico de países subdesenvolvidos. Seria uma bipartição demográfica do planeta. Achava-se que o controle de natalidade era a chave para o desenvolvimento
Transição demográfica

Teorias
Mathusiana- Thomas Robert Malthus- Publicadas em seis volumes entre 1796 e 1826,Ensaios sobre o princípio da população, tendo a teoria aparecido em 1798, ditando que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética e a população crescia em progressão geométrica. Para ele a miséria era uma formal natural de controle da população e o Estado não deveria intervir.

Neomalthusiana – 1960-Ressurgimento das teorias de Malthus, mas com o conhecimento de que a produção de alimentos acompanharia o crescimento da população, então os novos teóricos achavam que o acelerado crescimento era um problema para para o crescimento do Estado uma vez que demanda muito mais investimento para fins não produtivos.

Ecomalthusianos – ancorados no movimento ambiental. Controle da natalidade como forma de tornar sustentável o patrimônio ambiental.
Porém hoje notamos que essa teoria não se sustenta por sí própria, uma vez que a população dos países desenvolvidos mesmo representando apenas 20% do contingente mundial chega a consumir até 80% dos recursos disponíveis.

Aula 8- Geografia agrária

Evolução da agricultura
Atividade humana mais importante até a Revolução Industrial.
Passa a requerer a partir daí cada vez menos mão de obra, liberando os trabalhadores para as cidades. Ao mesmo tempo com o crescimento das cidades, o campo passa a ter a responsabilidade de alimentar a mesma.

Esse fato fez com que se iniciasse uma verdadeira revolução das técnicas agropecuárias, e então as cidades eram dependentes dos produtos agrícolas e o campo era dependente das máquinas e dos insumos necessários a produção além é claro, dos alimentos industrializados.

O setor agropecuário:
Tem o objetivo de desenvolver uma produção animal e vegetal mais eficiente para o consumo alimentar e para abastecer a indústria. É muito dependente das questões AMBIENTAIS, pois lida com seres vivos como sua principal matéria prima.
A revolução tecnocientífica
Principalmente após a segunda metade do séc.XX vem causando um impacto maior do que a revolução industrial. São técnicas modernas como biotecnologia, especialmente falando de engenharia genética, que é o estado mais avançado de interferência humana sobre os mecanismos evolutivos naturais (transgênicos).

Trangênicos
“Penso que o Brasil precisa de uma estrutura e uma legislação que permitam a produção em condições seguras, sem contaminação dos produtos não transgênicos.”
Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, em entrevista ao jornal O Globo, em 27/05/2007.

Transgênicos são alimentos geneticamente modificados que têm particularidades desenvolvidas pelos seus criadores. Uns são modificados para serem mais resistentes a pesticidas, outros a determinado tipo de clima que não eram originais à espécie. Podem por exemplo gerar frutos maiores, mais suculentos, com menos caroços e etc. Passaram a ser cultivados efetivamente na década de 1990 e os EUA são lideres nesse tipo de produção, seguido em menor escala por Argentina e pelo Canadá.

O Brasil do boi que come “o mato”.
O Brasil se tornou o maior exportador do mundo desde 2003.
Isso principalmente devido ao “Mal da vaca louca”.
É o seguinte: a vaca de outras nações se alimenta de ração, que inclui em sua fabricação, pedaços da própria carne bovina. Acredita-se que isso tenha alterado o metabolismo dos animais que acabam em alguns casos morrendo.
Aqui o gado se alimenta simplesmente do pasto “verde”, que temos em abundância.
Só que como a valorização da carne é constante, cada vez mais se desmata para criar pastos para o gado.
Então saímos de um problema e caímos em outro.
No Brasil existem mais cabeças de gado que brasileiros! São cerca de 200 milhões contra uma população de 183 milhões de pessoas.

Agricultura nos países desenvolvidos.
Uso maciço de tecnologia que gera uma forte integração do setor agrícola com a indústria.
Utiliza-se o termo ‘ agricultura Industrializada’.
Tratores, semeadeiras, adubos químicos e computadores no auxílio a produção agrícola.
Agricultura nos países subdesenvolvidos
Em sua grande maioria o processo de industrialização da agricultura ainda é pequeno. As agriculturas familiares e as plantations baseadas em mão-de-obra intensiva ainda são predominantes no espaço.
Agrobusiness – Estados Unidos.
Do séc.XIX até as duas primeiras décadas do séc.XX: intenso processo de integração do mercado agrário ao urbano-industrial. A mesma se completou em meados do próprio séc.XX. Produtividade crescendo velozmente.
Ferrovias construídas ajudando o escoamento da produção.
Produzir necessitava de grandes investimentos e com isso os pequenos produtores foram sendo ‘ engolidos’ e tendo de vender suas terras, gerando a concentração da propriedade fundiária.
Belts agrícolas- cinturões de produção especializados em determinadas culturas dominantes, quase sempre em combinação com culturas secundárias.

EUA- Potência agricola.
Agricultura: maior potência agrícola. Favorecida pelos recursos naturais (imensas plancíes úmidas e férteis), elemento humano qualificado, emprego de máquinas e técnicas. Problemas de superprodução. Para amenizar esse problema, tem sido dado maior incentivo à policultura comercial. Existem os Silos e Galpões que servem para armazenar o excedente da produção a fim de usá-la na entre-safra.
Planícies Centrais – principal área agrícola do país, drenadas pelo Mississipi e seus afluentes. Sudoeste – agricultura bastante irrigada = dry farming (culturas em áreas secas)
Belts (cinturões) – grandes áreas monocultoras. Alta produtividade. Principais belts:
Wheat Belt (cinturão do trigo) – Norte e Noroeste
Cotton Belt (cinturão do algodão) – Sul e Sudeste
Corn Belt (cinturão do milho) – Centro-leste
Fruit Belt (cinturão das frutas) – Flórida e Sudoeste
Pecuária: cinturão do leite ou de laticínio (Milk Belt ou Dary Belt) – região dos Grandes Lagos. Criação é intensiva (criação presa em estábulos e mantida com ração). Oeste – criação é mais extensiva (solta). Chicago é o maior centro mundial da indústria frigorífica (carne e derivados) e laticínia (leite e derivados)

U.E. e a política agrícola comunitária
Agricultura com tradições históricas com heterogeneidade tecnológica característica.
Inglaterra- berço da Revolução agrícola. A mais produtiva do séc. XIX. Mesmo assim importadora de alimentos.
França- menos produtiva mas ocupando grande parte do seu território. Pequenas propriedades abastecendo as áreas urbanas com seus excedentes. Era um país auto suficiente. Boa parcela da população vivia do trabalho agrícola.

Europa mediterrânea- Grandes latifúndios em Espanha, Portugal, Itália e nos Bálcãs. Exploração excessiva da força de trabalho. Na Itália a mezzandria era o sistema em que o camponês entregava metade de sua produção ao latifundiário.
Hoje a UE tem níveis diferenciados de industrialização da agricultura. O alto preço da terra e as menores taxas de produção puxam os preços dos produtos agrícolas europeus para patamares elevados em comparação aos produtos americanos ou brasileiros por exemplo. Por este motivo metade do orçamento da comunidade européia destina-se ao financiamento da Política Agrícola Comum (PAC).

PAC (Política Agrícola Comum)
1962

Unificação do mercado europeu- fixação do preço único por produto
Preferência de compra de produtos europeus
Definição de taxas comuns para importações extra-comunitárias
Subsídios diretos ao produtor.
Escudo para os produtores se protegerem do mercado mundial.

Agricultura nos países subdesenvolvidos
Baixa produtividade
Técnicas rudimentares, dependência maior de fatores naturais.
Excedente comercializado em mercados próximos.
Subsistência
Pastoreio, cultivos indígenas, arrozais em deltas- condições específicas de produção em diferentes locais do globo.
Plantations
Nasce durante a expansão colonial européia.
Áreas junto a portos facilitando o escoamento da produção.
No séc.XIX a Ásia e a África entram no mapa das plantations pelos Ingleses. A Índia era a principal área e recebeu investimentos em ferrovias também para facilitar o escoamento da produção
Atualmente estão presentes no Brasil, África, Ámerica andina, sudeste da Ásia.
Em geral esses países não consumem o que produzem, já que esse tipo de produção é voltado para o mercado externo.

Observações:
Apesar da pequena participação na riqueza e da pouca absorção de P.E.A., o setor agrícola é motivo de uma ‘guerra’ internacional real, entre as grandes potências e suas armas são desde tecnologia até subsídios aos agricultores. Essas ‘guerras’ são focos de negociações internacionais.
Países subdesenvolvidos ficam eternamente fora destas discussões e com seus potenciais inteira ou quase inteiramente inutilizados dada a alta produtividade dos países desenvolvidos; e ficam com sua agricultura condenada a plantations ou agriculturas de subsistência.
Agricultura e meio ambiente
A redução da biodiversidade ocorre com a modernização agrícola, uma vez que esta da ênfase a especialização da produção nas distintas áreas.
Isso gera por exemplo o desenvolvimento de pragas. Para combatê-las usam-se pesticidas. Estes intoxicam o meio ambiente e poluem rios e lençóis freáticos. Diz-se então que a agricultura pré-industrial, neste quesito é mais eficiênte.
Por isso uns defendem e outros atacam os alimentos geneticamente modificados, alegando que com eles as pragas são melhor controladas o que gera menos usos de pesticidas e outros defendendo que a transferência destes genes para outras ervas por exemplo podem torná-las superpragas.

Irrigação
A irrigação descontrolada gera a degradação do solo. A água atingindo camadas mais profundas do solo dissolve os sais trazendo-os para a superfície. Com a evaporação ocorre a salinização do horizonte superficial que pode matar as raízes.

A questão da água.
97,5 % salgada e presente nos oceanos
2,5% para o uso humano nem sempre disponível
1/6 da população mundial não tem água potável para consumir. Essa é a causa principal da maior parte das doenças pelo globo
A irrigação pouco eficaz é a maior consumidora de água e também o maior desperdício do planeta.

Brasil exportador de água.
1 ton de aço necessita de 15000 l de água
1 kg de frango necessita de 2000 l
1 kg de arroz precisa de 1500 l
1 boi durante 3 anos ( época média para o abate) precisa de 100 000 l
1 automóvel -6 000l (para testes de vedação e pintura)
1 kg de pão francês precisa de 1 000 l .
Isso é o que os especialistas chamam de “água virtual”. O país não bateria recordes em exportações se não fosse pela quantidade de água que possuímos.
Essa água não é percebida quando comercializamos os nossos produtos, mas sem ela a nossa produção estaria limitada. Não pela área para plantio, mas por falta do recurso, como exemplo clássico, o mar de Aral, que teve na época da URSS sua água desviada e simplesmente aniquilou por completo a produção agropecuária em seu redor.

Gotejamento como solução.
Mais de 60% da água usada na lavoura brasileira é desperdiçada.
Porém, com o gotejamento a planta recebe apenas a quantidade necessária, sem ocorrência de desperdício.
São tubos que atravessam a plantação com pequenos furos, onde a água saí e irriga o solo.
Com telas para redução do contato direto do sol com o solo fica menor o efeito da evaporação da pouca água utilizada.
Outros recursos para redução do consumo
Coleta de água da chuva em tanques
Utilização de uma estação meteorológica (custo em torno de R$5000) para a medição exata da quantidade de água à ser aplicada na plantação
Se a agricultura reduzir o desperdício da água será um grande avanço para o país, já que essa água passaria a ser usada em outros setores.

Brasil com a irrigação
Importante:
O nordeste do Brasil que tem pouco mais de 15% da área irrigada do país, começou no séc.XX a utilizar a técnica de irrigação com incentivo do governo para fixar a população. Entretanto a elite nordestina usando de ilegalidade se apropriou dos recursos e criou a triste e famosa ‘indústria da seca’. Mais recentemente novas empreitadas privadas criaram projetos fruticultores, principalmente para a exportação e para a agroindústria local. Esse processo ocorre na Zona da mata nordestina.

A agrária estrutura do Brasil
17% da P.E.A.(2007- IBGE)
23% do PIB(2007- IBGE)
Retaguarda do crescimento dos setores industriais e financeiros
Culturas agrícolas de maior desenvolvimento foram as voltadas para a produção de insumos industriais
Laranja, soja e cana de açúcar como exemplos

O Brasil rural tem a função de gerar divisas que acabam revertidas para o setor urbano industrial, com pagamentos de juros da dívidas e a compra de materiais importados.
Em 1970 a exportação era centrada no café
Depois soja, laranja, carnes, aves e fumo ajudam a diversificar a pauta.
As áreas para cultivo de marcado interno diminuem em conseqüência deste modelo.
Estrutura do espaço agrário do Brasil

Conflitos fundiários
O padrão principal da economia rural brasileiro é concentrador. Os estabelecimentos menores concentram apenas 3% da área produtiva. Do outro lado da tabela os grandes estabelecimentos que são cerca de 1% concentram cerca de 40% da terra.
Os trabalhadores que vão sendo expulsos da terra vão se tornando a frente de ocupação nas fronteiras da expansão da economia rural. São áreas com sítios e roças familiares.

Atores do campo
Grileiro é um termo que designa quem está na posse ilegal de prédio ou prédios indivisos, por meio de documentos falsificados, ou indivíduos que ocupam uma terra devoluta.
O termo provém da técnica usada para o efeito, que consiste em colocar escrituras falsas dentro uma caixa com grilos, de modo a deixar os documentos amarelados e roídos, dando-lhes uma aparência antiga e, por consequência, mais verosímil.

Posseiro é a pessoa que detém de fato a posse de uma gleba de terra, mas não é o dono de direito, não possuindo assim documentação e registro em cartório.
O tamanho desta terra não interfere na designação de posseiro. Pode se tratar de um morador antigo em uma terra devoluta ou privada (por mais de um ano e um dia), ou mesmo usufruir da terra através da contratação de mão de obra de terceiros, sem nela fazer sua morada definitiva.
O assentado da reforma agrária, antes de receber o título definitivo de propriedade do imóvel, como doação por parte do Governo Federal também é um posseiro usufruindo por ocupação uma terra da União.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Posseiro"

Latifundiário- Dono de grandes extensões de terra.
Gato- Pessoa que contrata pessoas (trabalhadores braçais) para as fazendas e grandes projetos agropecuários
Meeiros- trabalhadores arrendatários que têm como forma de pagamentos aos donos da terra a metade de sua produção.
Sem-terra- Pequeno produtor expulso do seu meio produtivo.

Em face a esses dois principais atores temos os maiores conflitos por terras registrados nestas regiões expansivas.
Surge a partir da década de 1970 o MST, hoje Movimento dos trabalhadores rurais sem terra em reação a violenta concentração fundiária.
No início esse movimento era formado por acampados vindos do meio rural.
Posteriormente foram incorporados bóias-frias, operários de obras acabadas, favelados entre outros.


Governo e MST divergem quanto a questão da reforma agrária.
Para este ela viria a contribuir com o fim dos conflitos, incentivos a agricultura para incremento da produtividade e absorver P.E.A. evitando parte do êxodo e do desemprego.
Para aquele isso não deveria ser aceito, e sim o conceito de “terra de trabalho” ao invés de “terra de negócio”. A terra deve ser meio de vida do camponês. Abastecer o mercado interno e não o externo.

Tendências recentes do setor agropecuário
O rural hoje é uma continuação do urbano no ponto de vista espacial
Grandes partes do território brasileiro vem gradativamente se urbanizando como reflexo da industrialização da agricultura e do transbordamento das áreas urbanas.
Complexos agroindustriais são exemplos deste modelo, que dirigem como devem ser as atividades agropecuárias a eles ligadas.

As relações de trabalho no campo
No ano 2000, cerca de 20% dos habitantes viviam no campo. Quase metade no nordeste
Existiam 15 milhões de P.E.A.’s no meio rural
1/3 destas em ocupações não agrícolas, que crescem em média 3,7% ao ano
O setor agropecuário tecnológico tem queda de 1,7% ao ano
Se assim permanecer, em 2015 a maioria da população rural estará empregada em atividades não agrícolas.
Soja
No final da década de 1990 o complexo agroindustrial da soja representava 16% de todo o complexo do país e gerava cerca de 1 milhão de empregos diretos.
Estudos mostraram que as melhores áreas para sua produção se davam entre o paralelo 20° de latitude de sul à norte .
Terras em grande escala nos favoreceram
E assim a soja se espalhou...
Grandes desmatamentos e avanço da “fronteira agrícola” principalmente no Mato Grosso.

Produção mundial de soja
Começou a ser produzida no sul
Hoje é produzida em quase todos os estados da federação
A calagem (adição de calcário que reduz a acidez dos solos) foi quem deu condições para a expansão desta lavoura no centro- oeste do país,
É resultante tanto da expansão quanto da substituição das culturas pela oleaginosa.
Fronteira agrícola

Crise mundial de alimentos.
Causas prováveis:
Aumento do consumo mundial
Aumento do valor do petróleo
Crise ambiental mundial
Subsídios dados a produtores em países ricos
Incentivo a política de produção de biocombustíveis (biofuel).

Aula 7- A geografia da indústria

Indústria e Espaço geográfico
O artesanato antecedeu a indústria e era disperso pelo Espaço geográfico. A produção era limitada e predominava o sistema familiar de trabalho. Nas cidades o sistema de corporações produzia para o mercado local.

A moderna indústria nasceu entre o séc.XVIII e XIX, com o surgimento das máquinas e a diversificação dos meios de se obter energia. O sistema de fábrica caracteriza a indústria moderna. Trabalhadores, máquinas e matérias primas ficam reunidos em um mesmo local. Trabalhadores não são donos dos meios de produção.

Primeiramente a indústria se estabeleceu próxima as bacias de carvão mineral, que era a fonte principal de energia tanto para a siderurgia quanto para a indústria têxtil.
Estas concentrações industriais geraram grandes centros urbanos, com mercados consumidores e mão de obra , infra-estrutura e transportes, gerando uma dinâmica de crescimento chamada de economia de aglomeração

O desenvolvimento da tecnologia vem viabilizando novas opções para a localização das indústrias
Petróleo e eletricidade passaram a ser as fontes de energia mais importantes e liberaram as áreas carboníferas.
Os transportes se desenvolveram enormemente- citando os super-navios, aviões, gasodutos e etc.

A tecnologia e as novas localizações industriais:
As localizações geográficas das indústrias geraram até alguns anos atrás as chamadas economias de aglomeração. Hoje após o ponto crítico deste fenômeno e com o desenvolvimento tecnológico muito mais acentuado, as indústrias estão fugindo para os interiores e com isso criando uma nova realidade: as DESECONOMIAS de aglomeração.

Isso acontece pelos seguintes fatores:
Na região fabril os sindicatos triunfaram
O preço das terras se elevou
O custo dos impostos é mais alto
O trânsito se torna cada dia pior

Alta tecnologia
Eletrônica, informática, biotecnologia, química fina, aeroespacial, aeronáutica e bélica – expansão nos EUA, Japão e Europa
Instaladas nos subúrbios e em pequenas cidades interioranas
China, Tigres, Índia e Brasil entrando no mercado

O caso da industrialização Norte Americana
Começou no NE, junto a aglomerações bancárias em Nova Iorque e Boston com indústrias de consumo
Após sua guerra civil(1861-65) passou a se deslocar para o interior em direção as bacias carboníferas
Em 1900 Manufacturing Belt – cinturão industrial
Após a 2° GM ocorre a decadência do manufacturing Belt, devido a utilização intensa de fontes energéticas, a modernização do sul, a integração rodoviária do país entre outros
Ocorre o migração para o sul e o Oeste- SunBelt- com indústria de alta tecnologia, cujos produtos finais têm elevados custos unitários. Como exemplo temos o Vale do silício, sobre o qual fala o texto seguinte.

O vale do silício.
Vale do Silício é como é conhecido, na Califórnia EUA, o Silicon Valley, um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de inovar científica e tecnológica, destacando-se na produção de Chips, na eletrônica e informática.
O Vale do Silício abrange várias cidades de estado da Califórnia, ao sul de São Francisco, como Palo Alto e Santa Clara, estendendo-se até os subúrbios de San Jose.
A industrialização dessa região teve início nos anos 90, mas o impulso para o seu desenvolvimento se deu com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram as indústrias eletrônicas do Vale do Silício que forneceram transistores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo. Muitas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo foram gestadas na região: Apple, Altera, Google, NVIDIA Corporation, Electronic Arts, Symantec, Advanced Micro Devices (AMD), eBay, Maxtor, Yahoo!, Hewlett-Packard (HP), Intel, Microsoft (hoje está em Redmond, próximo de Seattle), entre muitas outras.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_do_Sil%C3%ADcio

Observações
A Google é hoje a empresa de maior valor de mercado no mundo.
Microsoft também está no topo desta lista
Os trabalhadores destas empresas são na maioria jovens até 35 anos
O mercado de jogos para videogames e computadores hoje já fatura mais que a indústria cinematográfica

Tipos de indústria:
Bens de produção ou de base: Mercadorias para a produção ou transporte de outras mercadorias e não para o consumo final. É crucial para o desenvolvimento das atividades manufatureiras. Utilizam muita energia e são também denominadas por Indústria pesada

O Japão embora tenha uma pequena dimensão territorial e uma pobre reserva de matéria prima, através da tecnologia consegue figurar entre um dos maiores produtores de aço, cimento e petroquímicos. Seus pólos produtores se encontram próximos a áreas portuárias, pois é pelo mar que chegam os seus insumos necessários para o funcionamento dos mesmos.


Indústria de bens de consumo: Também chamadas de leves, subdividida em bens duráveis(Automóveis, eletrônicos, eletrodomésticos) e não duráveis (alimentos industrializados, calçados, confecções, bebidas)

Indústria automobilística
Foi pelos automóveis que os EUA transformaram-se em 1° potência econômica mundial
1908- Ford- esteiras criaram um ritmo de montagem até então desconhecido. O ‘fordismo’ virou padrão internacional.
Após 1970 começa o carro popular
Hoje a produção se dá em países cujo custo de mão de obra é mais barato. Pesquisa e desenvolvimento continuam em seus países originais.
A TOYOTA robotiza a produção e promove uma nova revolução- “toyotismo”.

Aula 6-Brasil industrial

Sudeste
É o coração industrial do país
São Paulo é o principal centro industrial. 2/3 da produção e da força de trabalho.
Sofre com a desconcentração industrial nas últimas décadas com os incentivos fiscais e o barateamento da mão de obra principalmente no nordeste.
RJ-SP-BH
Principal pólo industrial do país. Complexo heterogêneo
Indústrias modernas, tradicionais, bens de consumo e produção
São Paulo é a principal desde as primeiras décadas do séc.XX (com condições geradas pela economia cafeeira exportadora)

Porto de Santos, estrada de ferro Central do Brasil – infra-estrutura inicial para os eixos industriais.
Via Anchieta- ABCD- Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema- Indústria automobilística da era JK.
No Rio, as indústrias surgiram de forma similar à São Paulo. Zona norte e mais tarde baixada Fluminense
Nova Iguaçú é a maior aglomeração industrial do Rio e Caxias abriga o pólo petroquímico organizado em torno da refinaria de Petróleo da Petrobrás.

A formação das metrópoles RJ-SP estimulou a expansão industrial no Vale do Paraíba. O primeiro passo foi a construção da CSN (Companhia siderúrgica nacional).
Nas décadas de 60 e 70 ela estimulou o surgimento de metalúrgicas em Volta Redonda e Barra Mansa e transformou São José dos Campos e Taubaté em núcleos industriais.
BH
1897- cidade planejada
Surge para um projeto estratégico das elites mineiras- reverter a decadência econômica de Minas Gerais.
Incentivos ao capital privado fizeram uma grande reviravolta industrial nos arredores. Geraram modernos e diversificados núcleos fabris. Contagem é o principal deles, com metalurgia e química. A FIAT chegou a Betim na década de 70. Foi a primeira montadora fora de São Paulo
Sul do Brasil
Formados por ramos tradicionais da indústria de bens de consumo. São de capitais locais e algumas como a de calçados atuam hoje até internacionalmente. Porém sua vocação é mais local e no máximo nacional
Joinville, Blumenau e Brusque (Vale do Itajaí) desenvolveram as têxteis, louças e brinquedos. Caxias do Sul e Bento Gonçalves as vinículas. Novo Hamburgo e São Leopoldo couro e sapatos.

Porém no sul ainda encontramos setores modernos. Em Curitiba a indústria mecânica, Cerâmica em Joinville, carboquímicas em Criciúma( que também tem o madereiro e imobiliário) e Siderópolis.
Montadoras foram para o Paraná pelos incentivos fiscais (Renault, Audi, Crysler)
Computadores em Eldorado do Sul- RS (Dell)
Metalurgia, química e elétrica em Porto Alegre.
Nordeste e Norte do Brasil
Crescimento nordestino- descentralização em escala nacional e concentração em escala regional
Nacionalmente parques produtivos de bens intermediários e de consumo duráveis nas metrópoles
Regionalmente o crescimento fabril nas metrópoles litorâneas representado uma violenta concentração industrial

SUDENE- Superintendência do desenvolvimento do Nordeste – Plano de expandir a indústria com incentivos fiscais, implantação do setor hidrelétrico na Bacia do São Francisco. Contando também com a mão de obra abundante e barata, porém nem sempre especializada.
Salvador- pólo petroquímico de Camaçari e industrial de Aratu (consumo duráveis)
Recife (Jaboatão, Cabo e Paulista)- Bens de consumo duráveis

A moderna indústria nordestina com ênfase nas de alta capitalização, bens intermediários e duráveis, absorveu pouca mão-de-obra e pouco contribuiu para elevar as condições de vida e emprego da população
Ultimamente incentivos fiscais e mão-de-obra barata atraem têxteis e calçadistas especialmente para o Ceará.
No Norte- Zona Franca de Manaus(1967)

Projeto geopolítico para criação do centro industrial no meio da Amazônia.
Manaus como porto livre-Isenção total de impostos sobre máquinas, matéria-prima, e componentes, baixo custo dos trabalhadores.
Bens de consumo duráveis.
Eletrônicos, mecânicos, motocicletas
Mercado nacional e internacional.

Aula 5- Fontes de energia.

Crescimento no consumo
Do ponto de vista econômico, energia significa ter capacidade de produzir. Ao longo do tempo as sociedades aumentaram o consumo de energia enormemente mas também diversificaram as fontes energéticas.
No séc. XIX o homem consumia 40X o valor da energia do homem primitivo. O homem atual consume 3X o valor do do homem do séc.XIX.

Tipos de energia
No período anterior a RI a lenha era a principal fonte. O carvão assumiu o seu papel no séc.XIX, enquanto no séc.XX petróleo e gás natural foram os destaques.
Nos anos 70 do séc.XX a energia nuclear entrou em crescimento acelerado.


Hoje a existem várias fontes de energia em uso, embora o petróleo ainda seja a matriz energética mundial. Especialistas estudam as energias alternativas como forma de melhorar a qualidade de vida na Terra e propiciar ao mesmo tempo o crescimento econômico no planeta. Melhorar a transmissão e evitar o desperdício dos recursos ainda é a melhor forma de se manter essa melhoria e crescimento.
Geografia e política
Após a 2°GM a industria automobilística assumiu como o setor chave da economia dos países desenvolvidos
Países produtores de petróleo no oriente médio eram responsáveis por 85% do petróleo consumido pela Europa em 1955.
A OPEP(organização dos países exportadores de petróleo) nasceu em 1960 com Arábia, Irã, Kuwait, Iraque e Venezuela. Posteriormente filiaram-se Catar, Indonésia, Emirados, Bahrein, Argélia, Nigéria, Equador e Gabão. Seus objetivos: Fixação comum de preços e evitar a superprodução. Era uma importante arma política e econômica.


Em 1973 essa arma política foi usada. O conflito árabe- israelense fez surgir a decisão do grupo em reduzir a produção enquanto Israel mantivesse a ocupação em terras de países árabes e foi feito um embargo aos Americanos e Europeus que apoiaram Israel. Também ao final do mesmo ano aumentaram o preço do barril em cerca de 300% ! A crise rapidamente se espalhou mundo á fora.

O “choque do petróleo” mudou significantemente o mundo. A energia nuclear cresceu 8X. 45% foi quanto aumentou o uso do carvão. Foi o começo mais positivo do investimento em descoberta de outras fontes de energia. As energias nucleares caíram com o preço do petróleo na década de 80. Novas áreas de prospecção surgiram no globo.
Energia no Brasil
Lenha em princípio, carvão a partir de 1920, petróleo e hidroeletricidade após a 2°GM
Importante: Proálcool- Incentivou a substituição da gasolina pelo álcool.
Hidréletricas- Responsáveis por cerca de 38% da energia no Brasil (á partir de 1990), tendo em 1975, 20%.

Curiosidades
Itaipu, construído no Rio Paraná gera 25% da energia consumida no país. É uma das maiores do mundo.
As usinas do Rio São Francisco integraram o plano de desenvolvimento regional do governo federal da década de 60.
Bacias do Amazônas e Tocantins abrigam um potencial estimado de mais do que o dobro de toda a capacidade do país.
Tucuruí é a segunda maior geradora de energia do país. Começou a funcionar em 1984 para dar vida a produção de minério de ferro em carajás, além do alumínio do sistema Albrás- Alunorte
Balbina foi projetada para suprir a cidade de Manaus. Porém sua capacidade geradora já foi superada.
Impactos ambientais
Balbina e Tucuruí causaram a inundação de enormes áreas de florestas. Uma enorme quantidade de madeiras nobres e matéria prima farmacéuticas foram destruídas ou inutilizadas. A decomposição da biomassa chega a comprometer a própria geração de energia, além dos custos adicionais com manutenção.
Termelétricas.
Maior parte do nosso carvão é importado
A região sul concentra nossa maior concentração carbonífera e é insuficiente (Santa Catarina – carvão metalúrgico, Rio Grande do Sul - Maiores reservas)
Região Norte- 12% com o Diesel como combustível
Termonucleares
1969- Angra I com a Westinghouse- Urânio enriquecido- com o produto sendo comprado no exterior.
1975- Acordo com a Alemanha para construção de 8 reatores nucleares até 1990 e 58 até o ano 2000. Não foi completado. O custo dos primeiros 8 reatores foi o dobro do valor da construção de Itaipu.
Os equipamentos de Angra II foram vendidos ou sucateados e a Angra III não saiu nem da fase de equipamentos.
Transportes
Navio, trem, rodovia, avião. O custo do primeiro é menor que o do segundo e assim sucessivamente. Porém cada país tem a sua particularidade. Isso influi no custo final das mercadorias. No Brasil as ferrovias predominavam até a 2°GM e após a rodovia é a principal fonte de circulação.
Erro do Brasil.
Proálcool
Até 1970 a Petrobrás (Criada na década de 50) concentrava suas atividades no refino do petróleo, pois o preço internacional era muito baixo e não justificava grandes investimentos em pesquisa e prospecção. Com o “choque do petróleo” em 1973 a auto suficiência brasileira passou a ser a prioridade nacional. Fato que só ocorreria em 2006.

A descoberta do óleo na Bacia de Campos é a maior vitória deste projeto. Hoje 82% da produção e vinda desta região que transformou a vida dos cofres públicos de vários municípios Fluminenses nas últimas décadas.
Mas o Proálcool nasceu em 1975 visando a troca paulatina da gasolina pelo álcool combustível nos veículos. Para motivar a produção de cana-de-açúcar foram dados incentivos aos produtores. Para as montadoras de carros à álcool foram dadas também regalias.

Em 1986 o consumo de álcool ultrapassou a gasolina. Mas a redução dos preços do petróleo fez com que a produção desse uma recuada e arrastou o Proálcool a uma crise. Em 1991 foi retomada a discussão da produção por conta da guerra do Golfo.
Hoje o álcool vem se tornando como a menina dos olhos dos governos internacionais. Não só pelos motivos políticos mas também pelo fator ambiental. Especialistas crêem que o Brasil se tornará a nova “Árabia” devido ao seu avanço em pesquisas sobre o etanol e também devido as suas condições físicas e ambientais.

Aula 4- As cidades



Aldeias, cidades, metrópoles.
Metrópoles são aglomerações com papel central na organização do espaço regional
Aglomeram os centros de riquezas e antagonicamente bolsões de pobreza, especialmente em países em desenvolvimento
As cidades nasceram no interior das sociedades agrícolas, cerca de 2000 anos antes da era cristã, no Egito. Eram complementos do campo já que não tinham função produtiva, apenas de comercializar o excedente produzido pelo mesmo.
Na idade média as cidades adquiriram a função de entreposto comercial uma vez que desenvolveu-se o comércio de longa distância.
A Revolução industrial representou a transformação radical das relações das cidades com o campo. A indústria fez o núcleo produtivo transferir-se geograficamente para o meio urbano
Começava também a migração do campo para as cidades. Começou a mecanização do campo liberando mais ainda a mão de obra. No séc. XX ocorre o aumento da produtividade nas industrias e o crescimento do setor de serviços.
A cidade moderna é um pólo concentrador de comércio, serviços e informações. Ela organiza o espaço geográfico.
Urbanização
Processo de crescimento da população das cidades em ritmo mais acelerado que a população rural(forma conceitual- quantitativa). Na forma qualitativa ela é a transição de um padrão de vida econômica, apoiada na produção agrícola, industria comércio e serviços.
Divisão social do trabalho
Ocorre durante o percurso da urbanização , desintegrando a economia rural(que era auto suficiente) e formando uma economia cada vez mais complexa, com subordinações, criando setores.

Setores de atividades
Primário - produção agropecuária, extrativismo vegetal e mineral
Secundário – indústria de transformação, construção civil, beneficiamento de minérios
Terciário – comércio, serviços, transportes, comunicação, adm. Pública.
Percentuais no Brasil(PEA)
Setor primário – 24,20%
Setor secundário – 19,30%
Setor terciário – 56,50% ( sendo 13,4 no comércio; 19,2 em serviços; 4,6 em adm pública; 9,6 em atividades sociais; 3,9 em transportes e comunicações e 5,8 em outros.
Fonte censo IBGE2000.

Observações
Urbanização acelerada é um fenômeno recente. Em 1800, 3% da população vivia nas cidades. A revolução industrial mudou esse quadro.
4 em cada 5 habitantes nos países desenvolvidos vivem nas cidades
Êxodo rural – pobres do campo migram para a cidade.

No séc.XXI a população urbana ultrapassa pela primeira vez na história a população rural.
A urbanização é desigual. 97% da população Belga vive em cidades, mas esse nível no Bangladesh é de apenas 13%( mas não é regra geral- alguns subdenvolvidos tem população urbana maior que a rural- vide o Brasil)

Alguns países europeus exibem taxas de urbanização menores- é o HABITAT RURAL AGRUPADO (França, Itália e Suíça).
A urbanização descontrolada que ocorre na América Latina provoca uma grave crise urbana. Nesta área em poucas décadas ocorre o que na Europa levou um século pra acontecer e gera desarmonia no crescimento.
Metrópoles e Megalópoles
Aparecem apenas com a revolução industrial- Imensas aglomerações que se formaram nos países industriais à partir do séc.XIX
Paris e Londres
New York em 1920
Berlim e Tóquio
A transformação destas cidades em metrópoles resultou da tendência à concentração geográfica da produção.
Megalópoles são grandes regiões urbanizadas constituídas em um espaço polarizado por duas ou mais metrópoles. É uma forte integração econômica com intensos fluxos de pessoas e mercadorias
Crescimento natural ou vegetativo da população
Nascimentos – óbitos por ano. Expressa o crescimento da população. Sua taxa é dada em termos percentuais e informa em que proporção a população varia de um ano para outro.
A hierarquia das cidades dita que as metrópoles convivam com cidades de porte intermediário em que vivem a maioria da população e exerçam sobre elas algum tipo de influência.
Microcefalia urbana é a concentração exagerada da população urbana nas cidades mais importantes

Aula 3- A geografia.

A geografia.
Estuda a sociedade. Seu início é o espaço produzido pelo homem- o espaço geográfico.
Sociedades diferentes- Aldeias, Metrópoles, Cidades Medievais com ruas estreitas e concêntricas, rodovias expressas,bairros arborizados.
Sociedade moderna- Capitalista, desigualdades sociais.


Para entender a produção do espaço geográfico precisamos entender dois pontos. A NATUREZA(combinação de elementos naturais) que é o espaço anterior antes de se tornar geográfico; e a HISTÓRIA com episódios como a Revolução industrial que transformou a geografia do continente europeu no século XIX.

Correntes do pensamento geográfico
Friedrich Ratzel(séc XIX)- Considerado fundador da Geografia política; sofreu influência Darwinista e acreditava que o progresso de uma sociedade poderia ser mensurado por sua capacidade de se estabelecer em um território mais vasto que o original, que seria a base para a multiplicação da riqueza. Distinguia “povos naturais” de “povos civilizados”. Chamado mais tarde de “pai da escola determinista”.

Já o francês Paul Vidal de La Blache(final do séc XIX e início do séc XX) estudando a relação sociedade-natureza criou o termo “gênero de vida” que caracterizava cada grupo humano. Gêneros diferentes em contato gerariam o contínuo aumento das fronteiras e o progresso seria a ampliação da capacidade produtiva das sociedades gerados por esses contatos. Ele seria o “pai da escola possibilista”.

Friedrich Ratzel(1844-1904)

Vidal de La Blache(1845-1918)

O espaço geográfico e a História
Das civilizações agrícolas as mundo urbano-industrial
O processo de produção do espaço geográfico se torna mais complexo com o desenvolvimento histórico das sociedades.
Civilizações antigas- estabeleciam-se as margens dos rios. Eles serviam para a agricultura e para os transportes.CIVILIZAÇÕES DE REGADIO.

A criação e centralização do poder político facilitou através de construções a vida destas comunidades que passaram a produzir mais e a gerar excedentes que mais tarde permitiriam a criação das cidades e a divisão do trabalho.
A circulação das mercadorias passou pouco a pouco a gerar uma nova geografia houve o florescimento do comércio e os limites foram sendo derrubados

A cidade passa a ser principal espaço de consumo e circulação das riquezas produzidas no campo.
A revolução industrial transformou as cidades em espaço de construção de riquezas.
Séc. XIX- Principais metrópoles crescem em ritmos assustadores-consolidação do capitalismo industrial
Companhias de comércio, bancos,pesquisa, transporte são todos típicos da cidade
Manufaturas, más condições de trabalho- condições da época
Localizadas próximas as bacias carboníferas – produção siderúrgica
Produção de têxteis
A RI gerou a urbanização e a revolução dos transportes
Espaço geográfico vira espaço planetário
Era das ferrovias (Europa, EUA, África e América Latina)
Na Europa e EUA as ferrovias integram
Na África e na América as ferrovias fragmentam
Divisão internacional do trabalho surgindo para marcar as populações dos continentes.
Trens, navios à vapor, telegráfo- Revolução industrial
Investimentos no exterior- Portos,
ferrovias, companhias elétricas
Colonização na África e Ásia
A GLOBALIZAÇÃO já era mais atuante

Revolução Industrial- 1°FASE
Inglaterra - final do séc.XVIII
Máquina à vapor,máquina de fiar, tears mecânicos e hidráulicos
Cresceu a produtividade
Carvão para impulsionar – Matriz energética
A supremacia Inglesa garante a expansão de capital para investimento e assegurar o mercado de MP.

Revolução industrial-2°FASE
Segunda metade do século XIX
Europa, América do Norte, Japão
Eletricidade suplantando o vapor nas fábricas
Surgindo o petróleo vem a industria automobilística(séc. XX)
Telex, telefone
Produção em larga escala


Divisão territorial do trabalho
Maturidade britânica fez com que EUA, Alemanha e França “queimassem etapas” rumo a se tornarem potências econômicas
EUA- exemplo mais notório (principalmente devido ao seu território de enorme potencial agrícola e a ausência de passado feudal)
Consumo de Massa- última etapa


A RI formou a Economia Mundial
As potências importavam MP e produtos agrícolas tropicais
Borracha do Brasil, Cobre do Chile são exemplos destes produtos
Haviam também investimentos para a criação de esferas de influência.

Aula 2- O espaço físico terrestre.

Estrutura da terra:
Crosta-( superior e inferior)
Manto
Núcleo-(Exterior e interior)

Sismologia
As ondas sísmicas são as responsáveis pelo modelo conhecido hoje da terra.
Percorrem rochas sedimentares e metamórficas, além das plutônicas.


A crosta- Nossa casa
A crosta continental possuí espessura variável de 30 até 80 km de profundidade.
A crosta oceânica tem em média 7,5km de espessura, porém no Pacífico ela pode ter até 4 vezes esse valor.
Sua camada inferior é de constituição basáltica com predomínio de SiMa(Silício e Magnésio).
Na sua superfície Predominam o SiAl(Silício e Alumínio) – granitos, basaltos e rochas sedimentares.
Nos oceanos não existe crosta superior.

Alfred Wegener(1880-1930)
Teoria da deriva continental (1912)
Afastamento dos continentes
Formação das bacias oceânicas
Esse conjunto foi denominado Pangéia

Sistemas de falhamentos
Os 220 m.a
Zona de subduccção
Tectonismo
Dobramentos modernos
Pantalassa- oceano primitivo- Pacífico
Mar de Tétis- Mediterrâneo

Triássico- separação da Pangéia
Norte- Laurásia
Sul- Gondwana
Transitórios
Pouco antes do cenozóico ocorre a formação que conhecemos hoje.

Aula 1-A morfologia do relevo e o modelado da Superfície

Organização das terras emersas.
Escudos cristalinos
Bacias sedimentares
Dobramentos modernos


Escudos cristalinos
Dobramentos e maciços antigos surgidos do entrechoque das massas continentais no Pré-cambriano. Rochas resultantes da solidificação de material magmático com posterior ascenção à superfície- Rochas magmáticas(Granito). Além de rochas muito antigas sobre pressão e temperatura chamadas Gnaisses. Sofrem de ação erosiva intensa e prolongada.
Escudos transformados em maciços arredondados.

Bacias sedimentares
Ação erosiva e subsequente deposição de sedimentos em áreas rebaixadas.
Quando soerguidas podem originar baixos planaltos e platôs(Epirogênese)
Rochas sedimentares(arenito e calcário) ou orgânicas(hulha e petróleo).

O termo bacia sedimentar é usado para se referir a uma área geográfica que exibe uma depressão em decorrência da subsidência do terreno, formando uma grande bacia que recebe os sedimentos provenientes das áreas altas que a circundam, os quais vão se acumulando e a medida que vão sendo soterrados, são submetidos a um aumento de pressão e temperatura, iniciando o processo de litificação, formando uma sucessão de estratos de rochas sedimentares. O registro sedimentar dessas áreas é geralmente composto por um espesso pacote sedimentar no seu interior, o qual diminui de espessura ao se aproximar das bordas da bacia e apresentam camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro.
As bacias sedimentares preservam um registro detalhado do ambiente e dos processos tectônicos que deram forma à superfície da Terra através do tempo geológico. Também servem como importante repositório de recursos naturais, tais como água subterrânea, petróleo e recursos minerais diversos.

Os dobramentos modernos
São originados pelo choque de placas tectônicas iniciados entre o final do período cretáceo e o início do terciário(vivemos no quaternário).
Cordilheiras montanhosas com vulcões e fraturas da crosta terrestre.
Engloba também as dorsais submarinas formadas pela expulsão do magma.


Relevo brasileiro
Apresenta tectonismo epirogenético não estando sujeito a terremotos fortes e vulcânismo.
Contém como escudos o Brasileiro(dividido em vários núcleos) e o das Guianas.
Bacias: Amazônica(mais recente) do Paraná e do Meio-Norte.

Dados importantes.
As bacias sedimentares são estruturas geológicas geradas pelos agentes externos(exógenos).
Intemperismo é o conjunto de processos químicos, físicos e biológicos que resultam na desagregação de rochas superfíciais.
Modelado brasileiro
Base geológica muito antiga e por isso com baixas altitudes, formas suaves e arredondadas.

Três unidades do relevo- Planaltos, depressões e planícies.

Planaltos
Resulta da ação destrutiva dos agentes do modelado- predomínio da erosão.
São irregulares formados por serras, morros e chapadas.
‘Mares de morros’ no SE
Cotas altimétricas acima de 300m.

Depressões
Domínio de processos erosivos
Superfícies levemente inclinadas e bastante aplainadas.
Cotas altimétricas entre 100 e 500m.

Planícies
Ocorre a sedimentação(acumulação de sedimentos)
Cotas altimétricas abaixo dos 100m

Nota
No Brasil predominam os planaltos e as depressões e os processos de erosão são bem mais significativos que os processos de deposição (acumulação).

domingo, 3 de agosto de 2008

Trem. Opção de cultura, compras e responsabilidade ambiental.



Uma proposta para a melhor qualidade dos transportes.

O trem expandiu o Rio de Janeiro. A partir de suas linhas, a novidade que nos foi apresentada pelo Barão de Mauá ainda no século XIX com a linha para Raiz da Serra, foram se expandindo e acomodando as populações ao longo de suas linhas. Os subúrbios, de uma qualidade cultural inenarrável, local em que as crianças ainda soltam pipas e jogam bola de gude foi criado e cresceu. E para o Rio em especial, os ramos da linha ferroviária marcam a concentração do seu maior espetáculo à nível mundial, o caranaval. Sem o trem, nada disso se realizaria.

Não haveria o crescimento da Estação primeira de Mangueira. Não haveria Portela e Império em Madureira. Beija Flor em Nilópolis. O não haveria não quer dizer que o samba depende exclusivamente do trem, mas que as populações que ali se fixaram, a fizeram devido a sua funcionalidade, a sua ligação com o Centro da cidade, e a facilidade de chegar ao trabalho. Os grandes compositores nele viajavam e compunham, tornando mais agradáveis e felizes algumas viajens suburbanas.

Dentro dos vagões, acontece uma interessante troca do capital. Vendedores ambulantes, transitam com suas mercadorias, fazendo em muitos casos a única ligação entre aqueles consumidores, e as mercadorias,transformando o espaço num "shopping" sobre trilhos. São produtos em geral baratos, como abridores de latas, cortadores de unha, escovas de cabelo. Outros oferecem produtos para refrescar o passageiro, com picolés, refrigerantes, água mineral. Existem os legalizados que vendem jornal, os mais populares, claro, mas também colaboradores do acúmulo de cultura do trabalhador.

Impossível para quem viaja não gostar do trem. É certo também que normalmente eu não viajo nos horários de "pico", que aí se tornam viagens quase insuportáveis, dado que a quantidade de usuários extrapola o limite do conforto e da segurança do veículo, o que podemos observar também no metrô.

Solução mais ecológicamente correta. Movida a eletricidade, reduzindo a emissão de gases poluentes. Reduzindo o tempo de viagem e o estresse dos trabalhadores.

Mas uma alternativa para o problema do trânsito da cidade. Sem dúvida o impacto dos veículos que inundam as cidades pode ser amenizado por esse fantástico transporte de massa. E aqui no Rio já temos muitos quilômetros instalados, o que facilita.

O trem bala é uma promessa. Será muito útil nas distâncias mais longas.

Depende da promoção e incentivo.

Prazo ao Irã.

Acabou o prazo dado aos iranianos para responderem se aceitam ou não interromper o seu programa de enriquecimento de urânio (ou simplesmente programa nuclear). É claro, eles não recuarão a pressão imposta pelas nacões unidas (ou pelos EUA?!) e o "caldo deve entornar" pela região do oriente.
Os iranianos, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, alegam que esse programa nuclear tem apenas a finalidade de produzir energia (como as usinas nucleares em Angra dos Reis), mas visto a pressão que eles sofrem a mais de 30 anos e o ódio que alimentam pelo Estado israelense (o irã é composto por uma população de cerca de 95% de muçulmanos de rito xiíta),suas palavras não serão muito levadas à sério.

Olimpiadas com culpa.

Essa semana voltamos as aulas. E começam também os jogos olímpicos em Pequim (ou Beinjim), na China. Mas a proposta dos jogos mais uma vez não será cumprida. A China continua e continuará a ser opressora com seu povo, que hoje é treinado apenas para dizer "sim" e achar que seu país "merece" sediar tal evento esportivo, dada a sua "grandiosidade".
Apenas nós, que escrevemos, conversarmos e não dependemos de relações financeiras temos a coragem de vir aqui e escrever sobre o que observamos desse país onde os atalhos para o crescimento justificam as ações arbitrárias de seus governantes. Corrupção existe em qualquer parte do mundo, mas na China a falta de liberdade de imprensa, fere o que de mais importante temos no mundo global: a informação.
País nenhum quer ficar contra a China. Ninguém quer deixar de fazer maravilhosos acordos comerciais com o país asiático. As vantagens que eles oferecem "cegam" os que do capitalismo se sustentam.
Para completar, o apoio dos chineses, juntamente com os russos ao governo do ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, resume bem sucintamente o que realmente representam essses governos emergentes. A China principalmente porque depende de matérias primas vindas do continente africano (ela importa metais do Zimbábue).
Já ouveram boicotes aos jogos de Moscou (1980) e Los Angeles(1984), época da Guerra fria, mas à China, tenho certeza, ninguém boicotará.
Nada contra os atletas que se preparam a vida toda por esse momento. Mas não consiguirei ver essas olimpíadas com bons olhos.
O responsável é o comitê que deu a vitória à Pequim para ser a sede dos jogos de 2008.
Triste alienação!