quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Medalhas? Geopolítica?


Um professor meu na faculdade não gostava do termo geopolítica.

Porquê a China quer ser líder do quadro de medalhas? Porquê isso tem tanto valor, a ponto de seus atletas e treinadores serem massacrados a e perderem o espírito olímpico, chegando a fazer declarações que "ou ganham o ouro, ou nada ganharam"? E como quando somos crianças que dizemos assim:"Olha, nós somos melhores que vocês!"

Vimos isso com os anos de guerra fria. Soviéticos e americanos lutando para ver quem seria o melhor no quadro geral. Com o fim da URSS, os Estados Unidos passaram a viver na crista da onda, mas agora a China o desbanca e comemora triunfante. Medalhas de tiro, lutas por categorias, purrinha, dardo, baralho, tudo vale. Esportes que você nunca ouviu falar, mas que valem como número, são muito comemorados.

Bonito e olímpico foi ver os jamaicanos alegres, ganhadores das provas de pista que até então eram dominadas pelos americanos. Isso foi espirituoso, sofisticado, sincero.

O Brasil que muito lutou, pouco ganhou, mas que foi olímpico.

A sensação de que ganhar medalhas é estar na crista da onda pode ter feito bem aos chineses. Eles até aprenderam "como torcer".

E o Galvão Bueno afirmando que eles estavam torcendo para o Brasil na final do futebol feminino!
Na verdade, eles estavam era torcendo contra as americanas, pela bendita medalha. Pelo bendito ouro e liderança no quadro de medalhas.
Isso pra minha pessoa não é espírito olímpico.
E não esqueçamos do Tibet, da poluição, falta de liberdade, destruição do meio ambiente.
Mas, viva as medalhas! E os lucros com as imagens dos atletas! E a riqueza de investimentos que isso trará!
Pobreza de espírito!

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