segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Geórgia e Rússia


Só ela para eliminar o problema da região do Caucáso!

Um fator histórico que ficou durante muito tempo sufocado e eclodiu coincidentemente no primeiro dia dos jogos olímpicos de Pequim. A Geórgia atacou a Ossétia do Sul, uma região que embora esteja anexada ao território georgeano, tem um população que não se considera parte da mesma. É que após o fim da União Soviética em 1991, a maioria dos ossetianos teve a oportunidade de tornarem-se cidadãos com passaporte russo, e isso incomodava extremamente o governo de Tbilisse. Atacando a Ossétia, a resposta do governo de Moscou foi imediata e sangrenta. Mais de dois mil civis foram mortos durante os confrontos, e as tropas russas ocuparam a região. Posteriormente ocuparam a Abcásia, outra província do Cáucaso (região contida entre os mares Negro e Cáspio) que teoricamente também está ligada a Geórgia. A região é muito importante do ponto de vista econômico, visto que nela passa o gasoduto que liga a região produtora na Ásia ao mercado consumidor na Europa.
O presidente georgiano Mikkail Saakashvilli, qur foi educado nos EUA solicitou a ajuda do ocidente para evitar um maior massacre russo ao seu exército. Chegou a provocar os camaradas dizendo que o exército americano assumiria o controle das operações em seu país. Mas a provocação é antiga. A Geórgia já tentou, sem sucesso, fazer parte da OTAN (a negociação fracassou porque os governos ocidentais sabiam que mais dia, menos dia, essa situação seria aproveitada pelo país para um desafio ao pessoal do Kremilin).
Aos russos que aos poucos tentam retomar o status de potência mundial, foi uma ótima oportunidade de rearmar seu exército de forma justificada. Uma vez que os habitantes (cerca de 70 000) da Ossétia possuam passaportes russos, eles são russos! E cabe a Rússia a sua proteção. Os gastos militares irão aumentar gradativamente, uma vez que outras regiões estão sob a mesma condição da Abcásia e da Ossétia do Sul, com maioria de cidadãos com passaporte russo em território de outra nação. Apesar de não ser mais o presidente, o camarada Vladmir Putin continuará a ofensiva e o início de uma nova “guerra fria” não pode ser descartado, já que as relações russas com o ocidente ficaram complicadas após o ocorrido, e os homens que faziam parte da KGB ( a CIA dos Estados Unidos) estão entusiasmados em voltar a ativa oficialmente. No país em que jornalistas precisam fugir para escreverem seus artigos questionando o governo e mesmo assim correm risco de morte, a população e principalmente os mais ricos, que ficaram milionários durante o governo de Putin, o apóiam incondicionalmente.
Resta ao mundo esquecer que a Rússia não é só problema ao ver a Yelena Isinbayeva. A bela que é uma fera no atletismo é o nosso único consolo daquela terra que promete nos levar a mais um período de mundo bipolar. Quem dera os seus records mundiais valessem para alegrar e distrair o povo do frio, assim como sua beleza e simpatia nos extasiam!

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