domingo, 30 de março de 2008

A disputa sem fim entre Palestinos e israelenses. Uma questão sempre presente nos vestibulares.

Veja cronologia do conflito entre israelenses e palestinos
O conflito israelo-palestino envolve a disputa dos dois povos pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos. O impasse teve início no século 19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época controlada pelo Império Otomano. Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século 20 e ainda estão em andamento.Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam sua parte da terra com base na história, na religião e na cultura. Os israelenses, representados pelo Estado de Israel, têm soberania sobre grande parte do território, que foi conquistado após a derrota dos árabes em duas guerras --o conflito árabe-israelense de 1948 e a Guerra dos Seis Dias, de 1967.Os palestinos, representados pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), querem assumir o controle de parte dos territórios e estabelecer um Estado Palestino soberano e independente.Grande parte dos palestinos aceitam as regiões da Cisjordânia e da faixa de Gaza como território para um futuro Estado palestino. Muitos israelenses também aceitam essa solução. Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP. No entanto, Israel e ANP não chegaram a uma posição comum. Apesar de vários outros acordos e planos de paz, como os de Camp David e das negociações do chamado Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU), a situação ainda se vê hoje em um impasse. Atualmente, as negociações esbarram na questão do governo palestino, que, liderado pelo movimento radical islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui braços armado e político) não reconhece o direito de existência de Israel. Após a vitória do Hamas (considerado pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista) em 2006, a comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos.O recente acordo entre o Hamas e o Fatah para a formação de um governo de coalizão ainda não permitiu o retorno de negociações que incluam os palestinos no processo de paz. O impasse é devido, principalmente, à resistência do Hamas em reconhecer Israel e à resistência da comunidade internacional em reconhecer a legitimidade do movimento islâmico como representante dos palestinos.

Veja a cronologia do conflito:
1917 - Declaração do Reino UnidoO Reino Unido divulga a Declaração de Balfour, que concede aos judeus direitos políticos como nação, e foi vista pelo povo judeu como uma promessa para a formação de um Estado Judeu nos territórios palestinos.
1947 - Plano de partilha da ONUAssembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.
1949 - Expansão das fronteirasEm 1949 Israel vence guerra árabe-israelense e expande fronteiras. Cisjordânia e Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito.Vários outros conflitos armados ocorreram entre o Estado de Israel e os árabes e palestinos tendo como foco Israel e seu território.
No que concerne à conquista de terras, é importante destacar também a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel conquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e as colinas do Golã (Síria).
Em 1982, seguindo um acordo entre Israel e o Egito alcançado três anos antes, os israelenses se retiram do Sinai.
1987 - IntifadaEntre 1987 e 1993, os palestinos empreenderam uma revolta popular contra Israel que ficou conhecida como Intifada. Marcada pelo uso de armas simples, como paus e pedras lançadas pelos palestinos contra os israelenses, a Intifada incluiu também uma série de atentados graves contra judeus.
1993 - Acordos de OsloEm 1993, na Noruega, Israel se compromete a devolver os territórios ocupados em 1967 em troca de um acordo de paz definitivo. Israel deixa boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia, dando autonomia aos palestinos, mas mantém encraves. O prazo é adiado devido a impasses sobre Jerusalém, o retorno de refugiados palestinos, os assentamentos judaicos e atentados terroristas palestinos.
1998 - Processo de pazApós acordos de paz entre israelenses e palestinos, como o de Oslo (93) e o de Wye Plantation (98), Israel entregou porções de terra aos palestinos.
2000 - Camp DavidEm julho de 2000, em Camp David (EUA), Israel ofereceu soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental e a retirada de quase todas as áreas ocupadas, mas Iasser Arafat [morto 11 de novembro de 2004, após ficar internado durante 14 dias em um hospital militar na França] exigiu soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém e a volta dos refugiados. Israel recusou.
2000 - Segunda IntifadaO segundo levante popular palestino contra Israel que teve início em setembro de 2000 ficou conhecido como segunda Intifada, e começou quando o então premiê de Israel, Ariel Sharon, visitou a Esplanada das Mesquitas, local mais sagrado de Jerusalém para palestinos e judeus (que o chamam de Monte do Templo).
2002 Muro de proteção.Israel começa a erguer uma barreira para se separar das áreas palestinas com o objetivo de impedir a entrada de terroristas. Palestinos afirmam que a construção do muro é uma anexação de território. A construção inclui série de muros de concreto, trincheiras fundas e cercas duplas equipadas com sensores eletrônicos 2002 - QuartetoEm outubro de 2002, um enviado dos EUA apresenta pela primeira vez um esboço do plano de paz internacional elaborado pelo Quarteto [EUA, Rússia, União Européia e ONU]. O novo plano segue as linhas traçadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Prevê o fim da violência, seguido por reformas políticas e nos serviços de segurança palestinos e a retirada de Israel de territórios ocupados.Forças israelenses cercam Arafat na Muqata (QG do líder) em meio a uma ampla ofensiva lançada após uma onda de ataques terroristas em Israel. Arafat fica proibido por Israel de deixar a Muqata. Fica confinado até antes de sua morte, em novembro de 2004.
2003 - Plano de Paz Internacional.O plano é oficializado em 2003. Seu texto propõe um cessar-fogo bilateral, a retirada israelense das cidades palestinas e a criação de um Estado palestino provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras. Não é mencionado no texto a exigência do governo israelense de que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, morto em 11 de novembro último, seja removido do cargo. Apenas diz que os palestinos precisam de uma liderança que atue duramente contra o terror.
2003 - Mahmoud AbbasEm maio, assume o cargo de premiê palestino o moderado Mahmoud Abbas, indicado por Iasser Arafat após ampla pressão internacional.Abbas renuncia cerca de quatro meses depois após divergências com Arafat em relação ao controle da segurança palestina.
2004 - Morte de ArafatEm novembro, morre o líder da Organização pela Libertação da Palestina, Yasser Arafat.
2005 - EleiçãoEm janeiro, Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Um ano depois, a frustração com seu partido, o Fatah, acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento rival Hamas nas eleições parlamentares palestinas, levando o islâmico Ismail Haniyeh ao posto de premiê.A vitória do Hamas levou a comunidade internacional --liderada pelos EUA e por Israel-- a empreenderem um boicote financeiro à ANP, detonando crises internas e episódios de violência.
2005 - Plano de retiradaLançado pelo premiê israelense, o plano unilateral de Sharon --que alega ter tomado essa iniciativa por não contar com interlocutores confiáveis no lado palestino-- visa retirar de Gaza e parte da Cisjordânia 25 assentamentos judaicos e suas forças militares. Convivem hoje no território 1,3 milhão de palestinos e cerca de 8.500 judeus. Facções contrárias à retirada adotam o discurso de não desistir de nenhum centímetro de terra.
2006 - Afastamento de SharonEm janeiro, o então premiê israelense Ariel Sharon sofre um derrame cerebral e entra em coma. Ele é substituído interinamente pelo atual premiê, Ehud Olmert. Em março, eleições israelenses dão a vitória ao partido Kadima (centro), de Olmert, e após formar uma coalizão o líder é confirmado no posto de premiê israelense.
2007 - Governo de coalizão palestinoApós meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado. O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro. Apesar da comunidade internacional --incluindo Israel-- ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino. O Hamas continua a não aceitar de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Israel. Esses três pontos são as exigências da comunidade internacional para o fim do bloqueio financeiro à ANP.

Texto em :http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u105498.shtml

sábado, 22 de março de 2008

Tibet e Kosovo

Duas regiões. Conflitos.
Ao dia 10 de março, tibetanos entraram em conflito contra a guarda da República popular da China por um motivo nobre e digno de defesa. O Tibet quer autonômia diante do governo de Beijing (Pequim) e nada mais justo do que tentar essa façanha agora, que estamos as vésperas dos jogos olimpicos que a China organizará em seu território. É notório que essa dor de cabeça não fazia parte do plano que o governo chinês precisa administrar na proximidade do evento, mas é um fato presente e quanto a isso creio que eles teram que incluir o problema em sua pauta de discussão por um bom tempo. Certo também que a truculência chinesa não permitirá que o desejo de autonomia tibetana se realize, por mais que o Dalai Lama, líder político e religioso do Tibet queira negociar e pense até em renunciar ao posto. Creio que a negociação não será possível, mas temos que torcer para que tudo termine bem. Boicote aos jogos? Celebridades envolvidas na causa? Sim, teremos, mas nenhum país quer comprar uma briga escancarada com os chineses, econômia que tem relações comerciais com maior parte do mundo nesses tempos de globalização. Vale lembrar que o Tibet não quer separação da China, mas sim autonômia já que possuí língua, cultura e religião diferente do governo central. Coisa que a sede não parece disposta a dar.
Por outro lado temos a situação do Kosovo, nos Balcãs, palco de mais um conflito que promete se arrastar ainda por um bom tempo. A Sérvia não aceita a separação do Kosovo por motivos históricos, tendo o país passado por várias repartições desde que era uma parte do império Turco-otomano, vindo posteriormente a ser integrado como Iugoslávia, separado como Sérvia e Montenegro, e finalmente Sérvia, a confusão não deve parar por agora. O Kosovo (região agora autônoma) que foi administrado pela ONU após vários conflitos é de maioria de população Albanesa. Os Sérvios estão tendo de abandonar as suas casas na região e isso vem causando revoltas e mal estar na população que ali ainda tem raízes históricas, com cultura e hábitos à serem preservados, situação parecida com os palestinos que tiveram que deixar Israel. Os Sérvios se sentem perseguidos pela comunidade internacional. Sinal de mais um conflito sem hora marcada pra acabar.

terça-feira, 18 de março de 2008

O mundo à noite.

Essa fotomontagem abaixo fornecida pela Agência espacial norte americana(NASA) nos mostra que a tecnologia aliada ao seu bom uso pode ser um excelente meio para se conhecer e analisar melhor o planeta em que vivemos. Eu a escolhi para mostrar em algumas aulas a ocupação do território, a forma como a população esta dispersa no espaço. Mostra por exemplo a plena ocupação da Índia,de toda a Europa Ocidental,do Japão,do uso do solo Norte americano,do Brasil,ocupado prioritariamente no seu litoral e com o interior com muito ainda a se explorar. Mostra por outro lado, o "vazio" da África, pobre, em alguns casos inabitável, mas principalmente desprovida da oportunidade de utilizar recursos como nós. Uma foto, mas a explanação de uma realidade a ser discutida por nós.


Mundo à noite. Fotomontagem NASA.

sábado, 15 de março de 2008

Abertura

Olá!
Esse blog tem a finalidade de apresentar fatos para a nossa compreensão e conhecimento, pensando num bem maior para a comunidade acadêmica em geral.
Em tempos de modernidade e globalização presente, o mundo se tornou menor, mais comunicativo e rápido. Muito já se viu, mas muito ainda vem por aí.
Como professor, pretendo junto aos alunos e a sociedade em geral, aprender cada dia mais, e claro, colaborar com o aumento e a divisão do conhecimento, em busca de um futuro melhor!
Obrigado por participar!