Petrópolis, Teresópolis e Friburgo estão encaixadas num vale que favorece a formação de precipitação abundante quando a Zona de convergência do atlântico trás umidade da região amazônica. Isso é fato. A ocupação das encostas sempre será perigosa e, é claro, poucos são os espaços que realmente podem ser utilizados para habitação.
Nesse primeiro momento pós tragédia, a população brasileira tem feito o mais correto, ou seja, dado socorro e assistência para os iguais. Os governos tem procurado dar abrigo as pessoas que tudo perderam. Esse é o procedimento correto para o momento.
Mas vale lembrar o que eu comecei falando nesta postagem. Essas regiões não podem voltar a serem ocupadas pelas famílias que perderam casas, histórias, parentes e amigos. É chegada a hora de levarmos a sério que as áreas de risco não podem ser utilizadas por politicagens, por acordos de partidos, por sem terras, por quem quer que seja.
Temos que inventar novos bairros para realocar essas populações. Nova infraestrutura precisa ser gerada para que novas casas possam ser construídas, e que esses sobreviventes da maior tragédia natural do país possam recomeçar as suas difíceis histórias de forma segura, digna e tranquila.
O trabalho precisa surgir próximo desses novos centros habitacionais, o transporte tem de ser eficiente. Ninguém pode passar 3 ou 4 horas em coletivos para chegar ao local de trabalho. Políticas públicas precisam atrair empresas, indústrias e serviços para a adjacência destas novas áreas populacionais.
É hora de reconstruir a história sem demagogia e sem insistir nos antigos e já provados erros.
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