domingo, 23 de novembro de 2008

Piratas fora do Caribe


Não mais nas lendas, não mais fantasia dos estúdios Disney. A costa oriental da África vem tendo(já a algum tempo) ataques sucessivos de piratas, que tem agora seu ápice com o sequestro de um superpetroleiro saudita por somalis, talvez desesperados pelo estado de miséria plena em que vive o seu país. Veja a notícia da AFP:

Piratas somalis prometem reagir a qualquer ação para resgatar superpetroleiro

Há 1 dia

MOGADÍSCIO (AFP) — Os piratas somalis que mantêm em seu poder o superpetroleiro saudita "Sirius Star" resistirão a qualquer eventual intervenção militar para libertar a embarcação, disse um membro do grupo de seqüestradores à AFP este sábado no porto somali de Harardhere.

"Espero que o proprietário do petroleiro seja suficientemente inteligente e não permita uma intervenção militar, porque isso seria desastroso para todos. Estamos aqui para defender o petroleiro em caso de ataque", disse Abdiyare Moalim.

Moalim se apresentou como um dos piratas em terra encarregados de reunir milicianos para proteger a área, enquanto continuam as negociações com os proprietários do "Sirius Star", que têm dez dias para entregar um resgate de 25 milhões de dólares exigido pelos piratas para que liberem o barco.

Moradores da região disseram à AFP que novos reforços se uniram aos piratas a bordo do navio.

"Esta manhã observamos ao menos dez piratas, fortemente armados, seguindo para o navio. Seu barco regressou após deixá-los a bordo", revelou um pescador, Hasan Ahmed.

Pelo menos 100 milicianos armados chegaram desde a quinta-feira passada a Harardhere, um pequeno porto de pesca situado 300 km ao norte de Mogadíscio, onde o superpetroleiro está fundeado desde a terça-feira.

A captura do "Sirius Star", de 330 metros de comprimento e carga de dois milhões de barris de petróleo, avaliada em 100 milhões de dólares, foi a operação de pirataria mais espetacular já vista na costa da Somália.

Na quinta-feira, os piratas deram aos proprietários do superpetroleiro dez dias para o pagamento do resgate, de 25 milhões de dólares, confirmou outro sequestrador, Mohamed Said.

O pirata advertiu para as consequências "desastrosas" do não pagamento do resgate.

Segundo Moalim, estão em andamento negociações entre os proprietários do navio e seus colegas a bordo do "Sirius Star", mas até o momento não há um acordo.

"Estão recebendo telefonemas de pessoas; alguns se dizem mediadores e outros que são agentes dos proprietários (...) mas até o momento nada está acertado".

Com dois milhões de barris de petróleo a bordo, o "Sirus Star" representa uma potencial ameaça de catástrofe ecológica em caso de uma ação militar mal sucedida para resgatar o navio.


Retirado de:http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jCBhKr7t0UhBzETs8s2zXQaCY9Nw

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