quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Crianças e o natal.

Nada é mais puro. Nada é mais sensato. Eles não mentem pra nós. Eles sempre acontecem de forma expontânea. Este ano fui agraciado no trabalho como professor por turmas do segundo ciclo do ensino fundamental, uma experiência nova para minha pessoa, uma vez que sempre trabalhei com os maiores(inclusive a motivação para a confecção deste blog foi para que os estudos deles ficassem mais dinâmicos, rápidos, flexíveis neste mundo globalizado, mas as crianças me motivaram e fizeram com que eu aprendesse que o mundo pode e deve ser mais simples, menos burocrático, e mais amável.
Eles não mentem jamais. Os problemas que observei são puramente da criação que recebem. Sim, são o espelho do que têm ou não têm em suas casas. Os mais agressivos têm a mesma doutrina em casa, os que menos leêm são os que têm menos incentivo. Tudo acontece acompanhando os trilhos do seu primeiro centro de convívio.
É claro que após a adolecência os truques ensinados(incluindo aí os atalhos quase sempre causadores de insucessos)fazem com que essas crianças percam a pureza. É notório que a mídia também faz a sua parte na formação do caráter duo dessas crianças posteriormente, já que são elas as maiores aliadas dos pais atarefados, ou menos desinteressados na criação de seus filhos, servindo como verdadeiras "babás eletrônicas" para amansar os espíritos dos pequenos, enquanto estão no remanso dos seus lares. Pobres crianças, sendo corrompidas, deixadas de lado. Eles se vingam, dominam melhor as novas tecnologias, aprendem com facilidade a dominá-las, mas são reféns desse mesmo produto.
Temos ainda a situação dos menos favorecidos, como o garoto de doze anos de idade na região metropolitana de São Paulo que tinha como diversão roubar carros para poder usar roupas de marca e ter acessórios eletrônicos em casa. Pura corrupção de quem não pode comprar o tênis caro que normalmente é o primeiro atrativo para os garotos que invadem a vida criminosa. Esses normalmente não passam da casa dos vinte anos de idade. Mas o caso do Fantástico, que revelava o desejo de outro garoto, de mesma idade, que ainda acredita no papai Noel, e que a este pediu de presente um "queijo" que havia provado na casa de uma vizinha e que sua mãe não podia comprar, ainda nos mostra que o problema está conosco, e que eles ainda podem ser salvos, basta termos um pouco mais de tato para lidarmos com eles.
Não adianta achar que a escola fará tudo. É preciso que os pais sejam pessoas equilibradas e sensatas. Que levem seus filhos ao parque, que conversem com eles, que mesmo sem luxo, expliquem a realidade. Que amem seus filhos.
Tenham todos um feliz natal!!!

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