quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Esperança e realidade.

Tive contato com um material muito rico na correção de trabalhos com alunos que estão terminando o ensino médio neste ano de 2008. Vejo neles os números que não são projetados por pesquisas, avaliações, enem´s e outros meios avaliativos.
As expectativas destes jovens e adultos são baseadas no que vivem. Só se projetam à partir do que têm de concreto em mãos. Não acreditam em governo, polícia, melhoria ou esperança. É um grave problema de estima.
Isso não é mostrado nas outras pesquisas, sempre quantitativas. Os alunos estão deixando as escolas no ensino médio sem saber escrever ou ler corretamente. Tudo bem que a língua portuguêsa é bastante complexa, mas o básico não está sendo aprendido. Alguns se mostram tranquilos por conseguirem um diploma de ensino médio, porém, os mais ligados na realidade entendem que aquilo não lhes basta. Mas isso é citado por poucos. Reclamam da falta de professores na rede pública, falam da falta de perspectiva, mas ainda não têm a idéia muito centrada de que aquele aprendizado lhes fará falta.
Quando instigados, procuram informação. São mais relacionados com as notícias tristes de degradantes dos jornais. Procuram ler apenas o que é mais fácil de ler, talvez pela nossa falta do próprio hábito na sociedade brasileira em sua grande maioria. São embalados basicamente pelas notícias de televisão, embora a internet venha fazendo cada vez mais parte de suas vidas, na maioria das vezes nas lan-houses.

Mas o que mais me chama a atenção é a falta de confiança em sí próprio.O aluno não consegue ver que ele pode . É preciso fazê-los confiar mais. Algo está errado com o ensino.

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