quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Darfur



Mais uma vez África. Aí como já vimos anteriormente, territórios colonizados por europeus, com países esquadrinhados erroneamentte, a noção de país já é errada.
Juntamos a isso governantes corruptos, ditadores em sua maioria. Apoiado por alguma potência. Requisitado ou visitado por alguma estrela hollywoodiana ou astro do rock. Falado por intelectuais, atuado por algumas ONG´s e intervencionado pela falida organização das nações unidas que pouco pode fazer frente a enorme apetite de riqueza e destruição dos países membros.
Darfur está localizado no Sudão. País africano com IDH menor até que o do miserável Haiti, que conta com uma missão da ONU para manter a ordem por lá. É um país governado desde 1989 pelo ditador Omar Al Bashir. A situação é mais do que caótica (esse título serve para o Rio de Janeiro), já que por lá, existem as milícias, os rebeldes, a polícia do governo e a confusão é tanta que ninguém mais sabe quem é quem. As atrocidades contra a população indefesa são exorbitantes, pois acontecem estupros coletivos contra as mulheres, chacinas em massa, bombardeios áos campos de refugiados e como se não bastasse, a região vem sendo engolida pelo avanço do deserto do Saara, já que ela está compreendida na região do Sahel. A destruição é tanta que a esperança, que talvez seja a única salvação para as nossas almas, por lá já parece ter sido perdida á muito tempo.
Os dados estatísticos, que talvez estejam corretos já são alarmantes. Darfur está dividido em norte, sul e oeste, com uma população de 6 milhões de habitantes. O Sudão inteiro tem 40. É dividido em 37 tribos étnicas, possuí quase 150 campos de refugiados que se mantêm menos indefesos pelas tropas da ONU que ocupam os mesmos. Missões são sabotadas, carregamentos de alimentos saqueados por milicianos. Plantações são destruídas,pessoas não têm esperança em retornarem a seus lares. No país de pouca chuva, não existem estradas, pouco se sabe de internet, não se aceitam as facilidades de cartões de crédito, e portanto, para se viajar pelo lugar é preciso levar dinheiro em espécie. Apesar da barbárie instalada e constante, o Sudão é a segunda economia que mais cresce na África, impulsionada pela descoberta de petróleo que a mantêm atrás apenas de Ângola, com crescimento de até 13% ao ano. Esse petróleo vem sendo enviado para os chineses, grandes parceiros de Al bashir, que aliás tem neles um grande aliado contra as suas sandíces! Com assento permanente no conselho da ONU, os chineses sempre são contra as restrições feitas contra o governo sudanês, que têm até mesmo a venda de armas de guerra feita pelos orientais.
Fica difícil previr o futuro. Certo é que ele é muito sombrio.

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