terça-feira, 24 de agosto de 2010

Revolta da Chibata


Foi sensacional a palestra com vídeos de Antônio Feitoza, o "Totó" na última sexta feira no CIEP 172. A história do bravo marinheiro negro João Cândido, homem pouco lembrado nos livros de história escritos pelas classes dominantes, por sí só já valeram o ingresso, e os alunos puderam aprender de uma forma leve e descontraida um episódio fundamental da história do Brasil.
João Cândido Felisberto (Encruzilhada do Sul, 24 de junho de 1880 — Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1969)foi líder da revolta que em 1910 lutou pelo fim dos castigos corporais aos marinheiros brasileiros. Após conhecerem as condições de trabalho da marinha real britânica, na época a maior do mundo, onde o Brasil havia comprado dois navios de guerra, o mentor da revolta passou a questionar o tratamento dado aos seus conterrâneos. Formou então um movimento que teve como ápice a tomada destes mesmos navios de guerra que apontaram seus canhões para o palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede do governo federal do Brasil na época(no dia 22 de novembro de 1910). João foi traído pelo governo, pois havia assinado um tratado com garantias de melhores condições de tratamento aos marujos, foi preso, esquecido morreu aos 89 anos de idade. Recentemente foi anistiado pelo governo Lula, e seu nome foi dado a um dos navios da frota petrolífera da Petrobrás(No dia 07 de Maio de 2010, a Transpetro, a pedido do presidente da república, batizou com o nome de "João Cândido" (em homenagem àquele que ficou conhecido em 1910 como "almirante negro") o primeiro navio do PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota), primeiro petroleiro produzido em estaleiro nacional após um intervalo de mais de 13 anos).

A revolta da Chibata já foi mencionada no vestibular da UERJ este ano. Fiquem atentos.

Assista ao vídeo com a letra proibida pela ditadura e veja as modificações que o magnífico Aldir Blanc teve de fazer para gravar a canção em homenagem à João. http://www.youtube.com/watch?v=f9c7sY5TNTQ

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