O governo remarcou nesta terça-feira o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os dias 5 e 6 de dezembro. A data havia sido escolhida no início da tarde pelo Ministério da Educação e foi confirmada após uma reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro. Para essa data, porém, já estão agendados os vestibulares de seis universidades. O horário do exame está mantido, com início às 13h. Segundo o ministro da Educação Fernando Haddad, o aluno poderá mudar o local da realização da prova no site do Inep. Após o anúncio, Haddad disse que já está negociando com os reitores das universidades afetadas.
Durante a reunião entre Haddad e Genro, ficou definido como se dará o suporte da Justiça à realização do novo exame. Haddad solicitou a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança na aplicação da nova prova. "O MEC vai contar com o apoio da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal para acompanhar todas as etapas do processo, desde a saída das provas dos cofres do Inep", afirmou o ministro.
De acordo com o MEC, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe) e a Fundação Cesgranrio serão responsáveis pela impressão, aplicação e correção. Os Correios farão a distribuição dos lotes de exame a todo o país. Já o Exército ficará responsável pela segurança do armazenamento da avaliação.
Universidades - Na data escolhida para a realização do novo Enem já estavam agendados os processos seletivos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Fundação Getulio Vargas (FGV). A Unicamp já adiantou que vai descartar a nota do Enem em seu processo seletivo.
Haddad falou sobre os vestibulares que já estão agendados. Segundo ele, o MEC já se reuniu com os reitores das universidades em questão. "Nós contatamos os reitores da UFJF, UFSC e UnB e tivemos, da parte deles, liberação da data do exame", disse. Em seu site, a Uerj afirma que vai apresentar uma nova data para sua segunda fase.
Volta às aulas - Representantes de 55 universidades federais, de 31 instituições federais de ensino e de todas as secretarias estaduais da Educação admitiram adiar o início das aulas do primeiro semestre de 2010, que começariam em março, para poder utilizar a nota do Enem na composição de seus programas de seleção de estudantes. Haddad descartou o atraso no início das aulas. "Vamos acomodar o cronograma e fazer com que os resultados sejam publicados sem prejuízo. Suponho que não será necessário adiar data de início de aula", disse.
O Enem, que deveria ter sido aplicado no domingo, foi adiado depois que o jornal O Estado de S. Paulo denunciou o vazamento da prova ao MEC, na madrugada de quinta-feira.
Por causa do vazamento, o MEC decidiu romper o contrato com o consórcio Connasel, que reúne empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, e era responsável pela aplicação da prova. Se a responsabilidade do consórcio pelo vazamento ficar comprovada pelo inquérito policial, as empresas deverão ressarcir o ministério - o prejuízo com a aplicação de um novo exame pode chegar a 34 milhões de reais.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/mec-define-novas-datas-enem-5-6-dezembro-503687.shtml
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