sábado, 3 de outubro de 2009

Directo de Cuba


Vivemos numa sociedade de consumo global.Os cubanos também querem ter aparelhos como os nossos. Porém comida também é bem vinda!

Essa semana estive conversando com um colega que passou cerca de um mês em Cuba. Cuba sempre nos coloca uma pulga atrás da orelha quando pensamos ou tentamos imaginar o que ocorre por lá. Eu nunca fui a Cuba, mas atráves de leituras, fuga de atletas, programas e mesmo da imaginação sempre tentei conceber um esquema exemplificativo do lugar.

O amigo a que me refiro me informou que no país ao qual viajou como estudante de intercâmbio, pode notar a necessidade de uma "malandragem" por parte do turista. A situação financeira após o fim da URSS (que abasteceu Cuba com alguma coragem, aviões Antonov, Kalishnikov´s, ideologia e dinheiro) fez com que o país emergisse em um cáos de pobreza e dificuldades. Se você for visitar alguém por lá, o faça na compania de um nativo para poder negociar preços em seu favor. Verdadeira também a fraca infra-estrutura da ilha, que conta com equipamentos em péssimas condições de conservaçao. Falta comida. Existe muita dependência de dinheiro enviado do exterior.

Um trecho da entrevista da primeira blogueira cubana, que inclusive está no Brasil para falar da sua experiência de vida me conclamou a criar mais uma enterpretação conclusiva do país de Fidel. Yoani Sáchez, 34 anos, foi convidada a falar no Senado brasileiro ao lançamento de seu livro De Cuba, com Carinho (Contexto),e comentou que " Quando se trata de Cuba, as estatísticas oficiais divulgadas pelas nossas embaixadas não podem ser levadas a sério. Sou defensora da diplomacia popular, aquela que se inteira da realidade diretamente com o cidadão. Não sou uma analista política. Não sou especialista em nenhum tema. Não sou diplomata. Simplesmente vivo e conheço a realidade do meu país. Aqueles que roubam o estado, que recebem dinheiro enviado por parentes do exterior ou fazem trabalhos ilegais vivem melhor que os demais. Uma pessoa que escreve em um blog pode ser condenada sob a acusação de fazer propaganda inimiga. Os outros países não podem repercutir o clichê de que Cuba é uma ilha de música e rum. É preciso olhar para os cidadãos. Aqui, nós vivemos e morremos todos os dias."(http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/verdade-cubana-502972.shtml)

Fica bem claro que a revolução trouxe ao povo cubano um aumento dos índices de educação e saúde. Isso é um fato inegável. Mas a fuga dos atletas, o depoimento de visitantes, moradores e mídias nos mostram que a realidade do capital prevaleceu, e hoje o maior problema é realmente a falta de espectativa de renda. Isso vem mexendo de mais com a realidade cubana, num mundo cada vez mais global.

Nenhum comentário: