O modelo de desenvolvimento brasileiro se baseou nas estradas e nos automóveis, mas eles são extremamente "retrógrados" ao progresso de um país com dimensões continentais.
Recentemente comentei aqui sobre o Brasil enquanto bom lugar para se investir. Bom, seria melhor ainda se ele fosse um lugar dotado de melhor infra-estrutura. Essa questão ainda nos prende em laços extremamente complexos e dificultantes por escolhas feitas por governos passados.
O Brasil tem dimensões continentais. E nós temos pouquíssimo transporte ferroviário. Fato esse de primeira problemática para o país. Os sistemas rodoviários das cidades dão sinais de falência, uma vez que a quantidade de carros é cada vez maior. Perdemos muito tempo de nossas vidas e de produtividade nas empresas por atrasos cada vez mais constantes em vias que deveriam ser "expressas".
O simples "alargamento das ruas não será o suficiente para conter a demanda cada vez maior de carros que circulam nas ruas. São Paulo por exemplo tem a cada dia cerca de mil veículos automotrores a mais nas ruas. A médio e curto prazo, a cidade irá parar de uma vez. O engarrafamento já começa na própria garagem das casas!
Em áreas mais afastadas do centro, o problema dos buracos e má conservação geral das estradas é outro agravante. O exemplo do município de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro é gritante. Este município cresce a uma taxa de 10% ao ano, principalmente nessa década e é extremamente carente de infra-estrutura em todos os sentidos. O distrito de Itaipuaçú, um dos que mais ajudam na estatística de crescimento na localidade é um exemplo gritante do descaso e da falta de planejamento. Trata-se de uma área onde a expeculação imobiliária atua fortemente, eleva o preço dos imóveis e dos impostos, mas os moradores não têm rua para transitar. Acidentes, atolamentos entre outros são constantes. A via principal de ligação do bairro com a artéria principal de saída da cidade é simplesmente buracos e problemas. Transporte de massa ainda um sonho.
São problemas à resolver. Questões à discutir. Mas não podemos deixar de conversar e pedir soluções. Sempre que possível colaborar também.
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