terça-feira, 27 de maio de 2008

O mundo, a fome.

Não só crise climática afeta o preço dos alimentos e a fome no mundo. A especulação, o desperdício, a falta de senso...

Estamos indo para a casa dos 7 bilhões de habitantes no planeta. Em 2050 seremos 9 bi. Quando Malthus disse em 1798 que a produção de alimentos não acompanharia o crescimento populacional ele não levava em conta a ajuda que a tecnologia nos traria mais tarde, com a "revolução verde". Malthus foi então desmentido e teve sua teoria jogada por terra. Mas agora parece que ele precisará voltar à moda para explicar a falta de bom senso que atinge o homem.
A cada hora, morrem no mundo cerca de 700 crianças por um motivo único: A fome. Ela é responsável por várias crises, protestos, governos depostos, guerras. A explicação está em várias opções a serem friamente analisadas pelos economistas, historiadores, agrônomos, geógrafos, governantes. A crise climática apontada pelo ganhador do Nobel da Paz não é o único motivo do problema.
Morrem de fome pessoas que não têm a sorte de terem nascido em locais cuja estrutura para o plantio não seja a mais propícia. Mas também pessoas onde as condições são plenas e inutilizadas por ene motivos. Sentem fome refugiados do clima, das guerras. Sentem fome os que são ou estão mais próximos dos grandes "plantadores" mundiais.
Veja o caso do Haiti. Próximo dos dois maiores "celeiros" do mundo, respectivamente os EUA e o Brasil! Veja o caso de asiáticos, próximos de um cartel prestes a ser formado por produtores de arroz, para controlar os preços no mercado mundial, assim como fazem os países da OPEP com o petróleo, que por sua vez é mais um dos "culpados", com preços que giram e torno dos U$130,00.
Um fato marcante é que este ano a população mundial passou a ser maior nas cidades que no campo. O campo tem portanto a função de produzir mais e mais apartir de agora (no caso do Brasil, temos 83% da população urbana), para suprir as necessidades gerais.
Nos Estados Unidos, apenas 1% da população trabalha no campo, ou seja, produzem para os demais além de ter que subsistir.
Chineses e indianos comem cada vez mais carne e frango. Só que cada boi ou frango precisa do milho na ração. E o milho americano deve ir mesmo para o tanque dos carros, pois a alta dos combustíveis é cada vez maior. Bom e a alta do milho também.
Áreas para o plantio ainda disponíveis são poucas.
A especulação do valor das commodities.
Na África as guerras e as vezes o clima não permitem o plantio.
O subsídio dado aos produtores rurais dos países ricos desistimulam os produtores dos países pobres quando veêm que seu esforço será inútil. Negociações da rodada de Doha não conseguem resolver este problema.
Nas Universidades e centros de pesquisa estarão a solução para o problema. Sabemos que não voltará atrás a motivação que temos de cada vez mais irmos em direção aos grandes centros. A solução seriam os transgênicos? Talvez sim, talvez seja uma solução imediata, mas não um remédio a longo prazo, uma vez que ainda não sabemos os efeitos colaterais disso. Mas o certo é que apenas nestes locais podem ser semeadas as sementes para o nosso futuro. Talvez nossa "hortinha" em apartamentos possa ajudar também. O fato é que precisamos pensar nisso pra ontem. Levei meia hora nesse texto. Nesse tempo, perdemos 350 pessoas. De fome.

Nenhum comentário: