Grandes empresas têm na China o seu paraíso, mas os moradores pobres não têm a mesma sorte. Foto: Rebeca Pacheco.
O tempo corre na China e as transformações nem sempre aparecem como realmente são aos nossos olhos. O país que cresce 10% ao ano apresenta uma vontade cada vez maior de crescer, mas sem se preocupar com o clima, o meio-ambiente ou até mesmo sua população. Xangai, uma espécie de cidade símbolo do avanço do país tem uma das situações mais absurdas de desreipeito à sua população mais pobre. O aparecimento de imóveis de luxo na região central da cidade são bancadas com a derrubada dos antigos prédios socialistas construídos na era Mao-tse-tung. Os moradores desses conjuntos habitacionais (que por aqui chamamos de BNH´s) são indenizados com valores bem menores do que realmente esses prédios valem e não podem se recusar a sair, pois no prazo das demolições, estas são cumpridas impiedosamente. Resta a esses pobres chineses, com o pouco dinheiro no bolso, conseguirem sobreviver à selva de pedra em que são atirados. Comida farta é luxo, apenas a parcela mais rica tem acesso a tal benfeitoria. Mas como a liberdade de imprensa não é um fator presente neste pedaço do planeta, muita coisa ainda ficará escondida de nós.
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