sábado, 31 de maio de 2008

Petróleo, o choque.

O alto preço do petróleo vem causando muitos problemas à vários setores da economia. A crise mundial de alimentos tem um pé dentro desta causa. O preço dos insumos para a agricultura cresceram até 60% em um ano. Na Espanha, maior país pesqueiro da europa, pescadores cruzaram os braços devido ao preço do óleo diesel. Em Londres, também por causa do diesel, caminhoneiros pararam o trânsito. A europa já gasta 40% de seu PIB com subsídios, e mesmo assim terá de dar assistência a essas classes. Tudo está se desenhando então em mais um choque do petróleo. O quarto.
Essa semana, o preço do óleo atingiu U$ 135,00. O valor para o fim do ano especulado pelos especialistas da área para a commodity é de até U$ 200,00 por barril. Algo tão absurdo aconteceu na década de 1970, quando o preço do produto era algo em torno de U$3,00 e passou rapidamente para U$ 12,00, levando à loucura quem dele fazia uso. Foi o primeiro "choque" do petróleo, numa época em que os países produtores notaram que tinham em mãos uma poderosa arma geopolítica. Nessa época, buscou-se novas formas de diversificar a matriz energética e também começou a procura por novas jazidas de óleo pelo planeta (além da descoberta de campos importantes no Estado do Rio, o pró álcool brasileiro começa nessa época) . Outros choques de menor intensidade ocorreram em entre 1979/1980, logo após a revolução dos aiatolás no Irã, e em 1991, durante a guerra do golfo, quando as exportações dos países árabes foram enormemente prejudicadas.
Esse quarto choque parece ser o mais grave, embora o de 1973 seja extensamente comentado. O fator atenuante hoje é a fome por que passam cerca de 1/6 da população mundial. Cada vez é mais necessária a descoberta de novas fontes de energia, mas até que se tenha clareza do que está para ocorrer é bom acompanharmos o processo.

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