domingo, 1 de junho de 2008

Crianças e o trabalho.


Lugar de criança é na escola. Já ouvimos isso pelo menos uma vez na vida. mas creio que todos os amigos que aqui fazem essa leitura na realidade já ouviram esse bordão de governantes por milhares de vezes. Numa andança por aí com minha câmera fotográfica por uma comunidade pobre em Maricá, tirei a foto acima, num dia de semana, dia de aula normal e fiquei refletindo sobre a realidade destes meninos. Meninos que como eu e vocês que aqui leêm essa postagem, tenho certeza gostávamos ou gostamos de brincar, de criar viagens deslumbrantes pelo universo infantil, criar profissiões mirabolantes, ser astronautas, pilotos, até mesmo soldados. Mas esses meninos não parecem ter que conviver apenas com esse sonho. Parecem ter outra realidade paralela a esse feito.
Semana passada, um grande jornal aqui do Rio publicou uma matéria sobre a realidade da violência nas escolas situadas em áreas de risco da cidade. Essa "Faixa de Gaza" nada fictícia tem o poder de competir com a escola no quesito recrutamento de crianças. Elas têm medo de ir as salas de aulas e muitas vezes veêm no tráfico de drogas o primeiro emprego. Eles e elas têm entre 11, e 17 anos, vivem em condições ruins, sem saúde, as vezes sem comida, sem os tênis da moda, e partem para uma vida "louca" como eles mesmos gostam de intitular. São os recrutas mirins das facções criminosas. Não têm perspecivas de vida a longo prazo.
Nos interirores, crianças são recrutadas para as roças, no intuito de ajudarem aos país na subsistência da família. E com a escola pública ficando de lado teremos cada vez menos froça para lutar contra os argumentos de pais que como seus filhos não têm horizontes para olhar.
Não se pode pensar em outra coisa para acabar com o trabalho infantil. A escola é a única porta para levar essas crianças ao novo mundo.

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