segunda-feira, 23 de junho de 2008

Lei de imigração da União Européia

A nova lei que prevê a deportação de imigrantes ilegais na Europa é mais uma das separações que os países centrais/desenvolvidos/ricos fazem para se proteger dos países periféricos/subdesenvolvidos/pobres, numa clara posição elitista e despreocupada com a realidade de pessoas que procuram a vida não melhor, mas a própria vida.
A Europa recebe muitos migrantes principalmente do norte da África, que além de fugirem da pobreza, fogem também que guerras, grupos extremistas e perseguições políticas. São pessoas que não possuem uma expectativa de vida, e buscam no velho continente a chance de pelo menos tentarem se manter vivos.
O que vai acontecer daqui por diante ninuém pode precisar. Uma coisa é certa, milhares dessas pessoas já morrem por ano tentando atravessar o Mediterrâneo e com o endurecimento das leis, esse número tende a aumentar cada vez mais.
Uma justificativa do parlamento europeu para a aprovação da lei é que ela visa acabar com a escravidão a que alguns desses migrantes sofrem ao chegar ao continente e permanecerem na ilegalidade, por não poderem reclamar os seus direitos. Ora, ilegal que reclama não tem nenhuma moral para o mesmo! Uma atitude de falta de humanidade, já que a devolução dos mesmos não garante a eles nenhuma condição melhor, dependendo dos seus países de origem (de que adianta um iraquiano retornar a seu país em guerra?).
Países "pobres" já começam a se manifestar contra a nova lei. Hugo Chaves promete embargo a exportação de seu valioso petróleo aos europeus. Os andinos Equador, Bolívia e Peru, além do Uruguai, que pertencem ao bloco denominado Comunidade Andina (CAN) ameaçam cortar relações com os países que se auto-denominam os mais civilizados do mundo, mas que descriminam seres humanos como eles.
Mas os europeus com essa lei querem apenas defender aquela máxima: Cada um com seus problemas! E a Europa quer como os demais ricos devolver aos pobres os seus "encargos"!

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