domingo, 8 de junho de 2008

Fim dos subsídios ao petróleo.

Da BBC

Ministros da Energia dos EUA e das quatro maiores economias da Ásia --China, Índia, Japão e Coréia do Sul-- pediram, neste sábado, o fim gradual dos subsídios ao petróleo, depois de uma reunião na cidade de Aomori, no nordeste do Japão.

Os representantes dos cinco países --que juntos são responsáveis pela metade do consumo mundial de energia-- não chegaram a um acordo, no entanto, sobre como e quando isso deve ser feito.

Índia e China indicaram que não pretendem suspender totalmente os subsídios, alegando que um aumento repentino no preço dos combustíveis teria um impacto muito grande para suas populações e que isso representaria um risco para a estabilidade política e social de seus países.

O encontro no Japão aconteceu um dia depois que o barril de petróleo alcançou o preço recorde de US$ 139, na maior alta já registrada em um único dia.

As autoridades que participaram da reunião também afirmaram que a alta nos preços de petróleo é prejudicial tanto para os países consumidores como para os produtores de petróleo, no que foi considerado um recado para os países da Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que têm relutado em tomar medidas como, por exemplo, o aumento da produção.

Choque

O ministro da Energia americano, Samuel Bodman, disse logo antes da reunião que a alta nos preços do petróleo é um "choque", mas não uma crise.

"É um choque, mas se olharmos para a taxa de produção de petróleo mundialmente, ela tem sido de 85 milhões de barris por dia por três anos seguidos. Sabemos que a demanda está aumentando porque muitos países ainda estão subsidiando petróleo, o que tem que acabar", afirmou Bodman.

Tentativas recentes de reduzir os subsídios na Índia e na Malásia levaram a greves e confrontos. Segundo analistas, esse tipo de problema deve se repetir antes do fim da crise causada pela alta nos preços do petróleo e dos alimentos.

Neste domingo, o G8, grupo dos países mais industrializados do mundo, deve pedir que Índia, China e Coréia do Sul concordem em estabelecer metas para a preservação de energia, além de discutir como compartilhar tecnologia para promover nesses países o uso de fontes alternativas, como a energia éolica e a nuclear.

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