Com a alta nos preços das commodities, os produtores rurais argentinos, principalmente de arroz e trigo, as principais da pauta de exportação do país, ficaram muito felizes porque após cerca de 20 anos de preços baixos dos alimentos, finalmente suas receitas dariam um grande salto.
O que eles não contavam era com a idéia da presidente Cristina Kirchner. Ela simplesmente resolveu aumentar os impostos sobre esses produtos para poder subsidiar a agricultura familiar argentina, favorecendo assim os mais pobres e verdadeiros abastecedores dos lares das famílias do país austral.
A idéia da presidente foi em prol dos mais necessitados, porém num mercado global e cada vez mais competitivo, os grandes monocultores argentinos se sentem prejudicados e incapazes de com esse aumento menor de receita de modernizar e aumentar a produção e consequentemente os lucros. Isso claro, é o motivo dos constantes transtornos como paralização das estradas e inumeros protestos, além do esvaziamento das prateleiras dos supermercados. Os opositores acusam o governo de querer esses impostos para bancar o aumento dos seus gastos.
É difícil a situação argentina. Mais um apêndice da globalização desigual e excludente. Essa globalização que nós não queremos ver.
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