sexta-feira, 4 de julho de 2008

O Zimbábue e a história.

Um planalto coberto de savanas no sudeste da África com reservas de ouro, níquel e prata exploráveis. Colonizado pelos inglêses tinha o nome de Rodésia (Cecil Rhodes é o inglês que detêm no século XIX a concessão para a exploração do solo da região- por isso o nome)e mesmo nos últimos anos apresentando uma diminuição dos casos de Aids, o páis tem uma expectativa de vida para a sua população de mais ou menos 30 anos de idade.
Os problemas são muitos. O Zimbábue é uma país com passado racista. A divisão entre negros e brancos é presente com maior visibilidade na quetão da terra. Até o ano 2000, as cerca de 4500 famílias brancas eram donas de 75% das terras do país. Os mais de 7 milhões de negros dividiam as 25% restantes. Então o ditador eleito pela primeira vez em 1988 Robert Gabriel Mugabe decide em fevereiro deste mesmo ano confiscar as fazendas para assentar os sem terra no país. Ele é criticado pela ação, mas a verdade é que até hoje, embora seus métodos sejam extremamente violentos e ortodoxos, uma boa parcela da população ainda o considera um grande governista. É verdade também que essa reforma agrária a la Mugabe fez com que a produção de alimentos despencasse, devido a falta de habilidade para agriculturar a terra pelos novos proprietários. Em maio de 2004 uma equipe de avaliação da questão da fome por parte da ONU é expulsa pelo ditador e a ajuda alimentar que o mesmo recebia para alimentar a população é cortada.
Mugabe já foi reeleito 1990,1996,2002 e agora em 2008. Seus métodos não são o que o ocidente considera como de eleições livres. Muitos opositores são mortos, sendo queimados, mutilados entre outros requintes de crueldade. Crianças e mulheres não escapam de sua vontade política assassina, e o que pode ser feito no país é uma incógnita no meio do continente assolado pela divisão colonial európeia, que faz com que as diversas tribos nativas tenham que conviver com governos patrocinados por potências exploradoras, principalmente de recursos naturais, os mais abundantes na região. Recentemente a China construiu usinas de eletricidade movidas à carvão para produzir eletricidade no Zimbábue em troca do metal cromo. Os europeus já retiraram boa parte da riqueza em épocas recentes.
Não devemos esperar por uma intervenção militar no país. Isso só contribuiria para acabar com a soberânia do mesmo. Já vimos coisas parecidas em Ruanda, Uganda, temos o problema em Darfur, e esse será mais um problema. Milhares já morreram. Muitos ainda morrerão.

Nenhum comentário: