terça-feira, 29 de julho de 2008

O maior mercado consumidor do mundo.


O padrão de produção para o velho mundo é mais seguro por causa dos custos elevados do seu sistema de saúde que atende a todos os cidadãos.

A contribuição européia com a saúde de sua população tem uma motivação bastante clara e eficaz. Redução de custos.
Encontramos a explicação no fato de hoje a União européia ter com seus 27 países o maior mercado consumidor do mundo. São cerca de 480 milhões de pessoas que contam com sistemas de saúde bancados pelo Estado, portanto, qualquer gasto a menos é sempre bem vindo.

Situação contrária ocorre com o mercado americano, onde cada cidadão é responsável pela sua própria saúde.

O jornalista Mark Shapiro diz isso numa entrevista ao jornalista Jorge Pontual da Globonews. Em seu livro Shapiro aborda a quantidade de produtos tóxicos que carregamos em nosso corpo. Segundo o jornalista, o padrão de produção para os europeus é muito mais rígido (e isenta os chineses dos problemas de produção, já que esses são apenas contratados para produzir de acordo com os padrões pré-estabelecidos pelos seus contratantes) e por tanto seriam produtos mais corretos. O lobby da indústria química nos EUA é muito forte, e certas substâncias não são abolidas dos produtos simplesmente porque nós consumidores desconhecemos os problemas causados pelas substâncias usadas em brinquedos, aparelhos eletrônicos, entre outros.

“Ninguém compraria um brinquedo para bebês sabendo que as substâncias nele contidos reduzem o nível de testosterona nos meninos!” alerta. A informação é a chave para nos livrarmos dos problemas, como aconteceu algumas vezes com os brinquedos da gigante Mattel, que apresentaram quantidades acima do permitido de chumbo por exemplo em brinquedos para crianças que facilmente poderiam engoli-lo.
O resultado é que as empresas globais já estão fabricando de forma igual, para atender o novo maior mercado consumidor do mundo. E o mais importante, nos seus padrões.

No Brasil sabemos bem a preocupação que os europeus têm com os produtos que por lá chegam. Vimos o embargo da nossa carne, por questões de não acompanhamento desde a origem, e por problemas com a febre aftosa. Os transgênicos não são bem vindos na europa, porquê a longo prazo não sabemos os efeitos que causarão a nossa saúde.

É sem dúvida uma forma de reduzir os custos com a saúde, mas acaba sendo uma benéfice para a população.

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