sexta-feira, 18 de julho de 2008

Crise de segurança. Importação de modelos eficientes.


Os homens da nossa segurança precisam utilizar armamento de guerra, mas isso sem inteligência é mais perigoso ainda para eles.

Observando a atual situação da segurança no Estado do Rio de Janeiro e procurando por soluções para que esse caos não continue a nos assombrar, procurei fazer um exercício de pesquisa sobre como resolver ou minimizar a questão caso eu fosse uma autoridade política na cidade. Do alto da minha nenhuma experiência em segurança pública, pautei-me em escrever apenas o que já vi, ouvi ou sei que as polícias causam sobre um cidadão comum, que levanta cedo e trabalha, que paga impostos, e não subtraí nada de ninguém. Principalmente no Rio, a polícia mete medo na população.

Os redutos do crime estão juntos a áreas densamente povoadas. Num ambiente conturbado, é difícil para um policial que ali chega pela primeira vez distinguir quem é bom e quem é mau.
Em Minas Gerais, a polícia hoje está alocada junto a essas comunidades. Os policiais destacados para esses locais somente atendem a chamados feitos dentro do limite deste território formado. Isso fez com que a criminalidade fosse inibida, uma vez que com o tempo os policiais passam a saber “quem é quem” nesse espaço.
São Paulo fez uma experiência parecida, mas as regiões perigosas do Estado primeiramente sofreram um “abafa” com centenas de policiais invadindo as áreas de maior risco de confronto, aliviando a pressão dos malfeitores e sequentemente instalando postos de policiamento constantes, onde os moradores passaram a ter com a maior proximidade também maior confiança e participação da autoridade.
Nova Iorque teve no Bronx, uma de suas áreas mais infestadas pela criminalidade, a redução de até 80% no registro de ocorrências desde 1994, quando o ex-prefeito Rudolph Giulianni implementou um sistema de acompanhamento informatizado parecido com uma indústria, comércio ou qualquer outra atividade capitalista. Nele, as delegacias recebem metas de redução de crimes em suas áreas a serem conferidas, diárias, semanais e mensal mentes. Se não cumpridas, as autoridades policiais locais sofrem punições e até o afastamento da função, e o “lucro” é justamente a redução dos problemas locais. Com essa inteligência, sistemas de câmeras, dados estatísticos entre outras tecnologias, é possível fazer a aferição das regiões mais problemáticas e alocar recursos para ajudar a conter a problemática.

No Rio, nossos homens de segurança usam armamento de guerra. Assim como os bandidos. Mas enquanto não utilizarmos a inteligência para conter os nossos problemas, ambos continuarão com medo, nós cidadãos da polícia e a polícia dos bandidos que não medem esforços para abatê-los. Não podemos continuar a correr esse risco. A morte dos policiais na Lagoa, do ambulante no Leblon, e do menino João Roberto dentro do carro da família têm que ser coisas não recorrentes na vida das pessoas. Isso não pode continuar a nos assombrar. Vamos usar a inteligência para proteger as pessoas civis e os militares.

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